JPMorgan planeja empréstimos com criptomoedas em 2025
O JPMorgan Chase está analisando a possibilidade de oferecer empréstimos lastreados em criptoativos, o que pode indicar uma mudança interessante na postura dos bancos americanos em relação às criptomoedas. De acordo com uma matéria do Financial Times, que se baseia em fontes não identificadas, a instituição está considerando emprestar diretamente contra ativos como Bitcoin (BTC) e Ether (ETH).
Essa iniciativa pode se concretizar até 2026, mas os planos ainda são flexíveis e podem sofrer alterações ao longo do processo. Essa informação surge em um momento em que o banco parece demonstrar um crescente interesse em stablecoins. Durante a apresentação dos resultados do segundo trimestre, o CEO, Jamie Dimon, comentou que o JPMorgan deseja se envolver mais com essas moedas digitais para entender melhor o mercado e se destacar nesse segmento.
Esta movimentação acontece logo após o Citigroup também anunciar sua intenção de explorar o mercado de stablecoins. Em uma conversa pós-resultados, Jane Fraser, CEO do Citigroup, mencionou que o banco está cogitando a criação de uma stablecoin própria para facilitar pagamentos.
O Cointelegraph tentou contato com o JPMorgan para obter mais comentários, mas não recebeu resposta até o fechamento da matéria.
CEO do JPMorgan suaviza postura sobre cripto
Nos últimos anos, a posição de Dimon sobre as criptomoedas foi bastante crítica. Em 2017, ele se referiu ao Bitcoin como uma “fraude” e disse que demitiria qualquer funcionário da empresa que negociava BTC. Já em 2018 e 2022, ele manteve essa linha, chamando os criptoativos de “golpe” e, mais recentemente, de “esquemas Ponzi descentralizados”. Apesar dessas declarações, Dimon também fez elogios à tecnologia blockchain, ao DeFi, e a contratos inteligentes que têm uma utilidade concreta.
Recentemente, Dimon parece ter suavizado seu discurso sobre o Bitcoin. Ele passou a afirmar que defende o direito das pessoas de comprarem a criptomoeda. Em maio, ele declarou que o JPMorgan permitiria que seus clientes adquirissem BTC, embora o banco ainda não ofereça custódia desse ativo.
“Não acho que você deva fumar, mas defendo seu direito de fumar. Da mesma forma, defendo seu direito de comprar Bitcoin”, disse o CEO, refletindo uma nova abordagem mais aberta em relação às criptomoedas.