Justin Sun move ação contra Bloomberg após ingressar no índice bilionários
Justin Sun, o criador da Tron e proprietário da corretora HTX, antiga Huobi, está processando a Bloomberg. A confusão começou quando ele entrou para o Índice de Bilionários da empresa, mas alega que informações confidenciais foram divulgadas em seu perfil.
De acordo com a Bloomberg, Sun é atualmente a 240ª pessoa mais rica do mundo, com uma fortuna de US$ 12,3 bilhões. Para você ter uma ideia, Changpeng Zhao, fundador da Binance, ocupa a 41ª posição com US$ 42,3 bilhões. Contudo, se você olhar para a Forbes, os números são bem diferentes: US$ 8,5 bilhões para Sun e US$ 73,9 bilhões para Zhao. Essa discrepância levanta questões sobre a precisão dessas listas.
Riqueza de Justin Sun está ligada à Tron, diz Bloomberg
A Bloomberg informa que Sun possui uma quantidade impressionante de criptomoedas: são 17.000 bitcoins (cerca de US$ 2 bilhões), 224.000 Ethereum (cerca de US$ 1 bilhão) e mais 700 mil dólares em USDT. No entanto, a maior parte de sua riqueza está atrelada à sua própria moeda, a Tron.
Ele detém mais de 60 bilhões de Tronix, que no mercado se chama TRON ou TRX. Esse montante teria um valor estimado de US$ 21,7 bilhões, mas a Bloomberg aplicou um desconto de 75% nessa soma. Isso acontece porque Sun controla mais da metade da oferta total dessa criptomoeda que, vale lembrar, é de 94,7 bilhões de tokens. Isso significa que ele possui 63,3% de todas as moedas, uma concentração bem grande se comparada a outros projetos no setor.
Hoje em dia, a Tron está classificada como a nona maior criptomoeda do mundo, com um valor de mercado de US$ 36,2 bilhões. A Bloomberg também destaca que Sun detém 90% da corretora HTX, o que contribui para sua inclusão no índice de bilionários.
Justin Sun processa Bloomberg
Após a divulgação de suas informações financeiras, Sun decidiu processar a Bloomberg. Documentos mostram que ele entregou dados sobre seu portfólio com a expectativa de serem mantidos em sigilo.
No processo, ele menciona que, no final de julho de 2025, a Bloomberg enviou um rascunho sobre seu perfil. Esse rascunho continha não só uma série de erros sobre sua trajetória e riqueza, mas também detalhava minuciosamente suas criptomoedas.
Sun afirma que as informações que a Bloomberg pretendia publicar eram mais detalhadas do que o habitual, o que contradiz a confiança que ele depositou na empresa ao compartilhar seus dados financeiros. Ele se preocupa com a possibilidade de sofrer ameaças e ataques, como engenharia social e até tortura, devido à exposição excessiva de sua fortuna.
Ele cita ainda um artigo da Bloomberg que falava sobre bilionários que utilizam segurança extra devido ao risco de sequestros.
Os advogados da Bloomberg, por outro lado, alegam que o pedido de Sun para não publicar as informações chegou após o artigo já ter sido publicado. Eles confirmaram que a matéria sobre Sun saiu às 17h12 do horário da costa leste dos EUA, duas horas antes da notificação de Sun.
Essa situação mostra como a privacidade e a segurança das informações financeiras estão em uma linha fina, especialmente para figuras como Justin Sun, que operam em um mercado tão volátil e arriscado.