Ligação entre Donald Trump e Binance gera rumores sobre CZ
As movimentações entre Donald Trump e o empresário Changpeng “CZ” Zhao, o fundador da Binance, começaram a chamar atenção há algum tempo. Recentemente, Trump perdoou Zhao, e isso jogou mais luz sobre a conexão entre eles, que envolve não só política, mas também finanças e criptomoedas.
Em maio, um ponto crucial na relação ocorreu quando o fundo de investimento árabe MGX usou a stablecoin USD1, criada pela empresa cripto de Trump, a World Liberty Financial (WLFI), para fazer um investimento significativo de US$ 2 bilhões na Binance. Esse movimento não só beneficiou a corretora, que passou a ter um grande interesse na valorização do projeto, como também solidificou a relação de Trump com um investidor de alta liquidez.
Antes deste acontecimento, em março, veículos como o Wall Street Journal e a Bloomberg informaram que a família Trump estava tentando adquirir uma participação na Binance.US, a versão americana da Binance. O Wall Street Journal até sugeriu que essa intenção de compra poderia estar relacionada ao perdão presidencial a Zhao. O empresário, por sua vez, negou essas alegações, descrevendo as notícias como um ataque à sua imagem e à criptomoeda.
Outro aspecto interessante dessa relação é o uso da blockchain BNB Chain pela stablecoin USD1 para registrar transações. Isso significa que, mesmo com a WLFI utilizando Ethereum como plataforma, a conexão com a Binance se torna ainda mais evidente.
Vale lembrar que Zhao não está mais à frente da Binance, após se declarar culpado por questões relacionadas a lavagem de dinheiro. Ele cumpriu quatro meses de prisão nos EUA e a Binance enfrentou uma pesada multa de 4,3 bilhões de reais.
A interação entre Trump e Zhao parece estar se intensificando. Em agradecimento pelo perdão, Zhao mencionou que se dedicará a ajudar a transformar os Estados Unidos na capital mundial das criptomoedas, um tema que também faz parte da campanha de Trump.
No entanto, essa ligação já está recebendo críticas pelos adversários políticos de Trump. A senadora democrata Elizabeth Warren foi uma das vozes a se manifestar sobre o perdão, afirmando que há um claro conflito de interesses. Ela ressaltou que a ação pode ser vista como uma forma de corrupção e pediu que o Congresso tomasse medidas para evitar esse tipo de ilegalidade.
A dinâmica entre esses dois mundos, o político e o financeiro, continua a evoluir e promete ser um tema de bastante discussão nos próximos meses.





