Notícias

Méliuz adota nova estratégia para lucrar com Bitcoin

A empresa de cashback Méliuz trouxe uma novidade interessante na última quarta-feira (10): eles estão adotando uma nova estratégia com derivativos para turbinar os rendimentos de sua reserva de Bitcoin (BTC). Essa abordagem, chamada de Bitcoin Yield, promete fazer a companhia ganhar um dinheirinho extra.

No comunicado que enviaram à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o Méliuz explicou que a estratégia está centrada em opções de venda de Bitcoin, cujos preços já estão pré-definidos. O melhor de tudo? Essa operação não utiliza alavancagem e é totalmente garantida por recursos em caixa, o que traz um ar de segurança.

Mas o que são essas opções de venda? De maneira simples, elas permitem que o comprador venda Bitcoin por um preço acordado, o que pode acontecer no futuro. Se as opções forem exercidas, a empresa utiliza o caixa reservado para comprar os Bitcoins a preços mais baixos. Mesmo que o preço real do Bitcoin varie, se a opção não for exercida, o Méliuz fica com os prêmios recebidos ao vender a opção, podendo reinvesti-los em novas aquisições.

Vamos a um exemplo prático. Suponha que o preço atual do Bitcoin seja de US$ 115 mil. Se a empresa vender uma opção com preço de exercício de US$ 100 mil e o valor da criptomoeda cair para US$ 95 mil, ela precisaria pagar os US$ 100 mil para recomprar o Bitcoin, mas ainda assim teria adquirido o ativo por um preço melhor do que o valor quando fez a operação. Se, por outro lado, o Bitcoin subir para US$ 120 mil, o comprador da opção não vai exercê-la, mas o Méliuz já terá lucrado com o prêmio do contrato.

Essa estratégia está sendo implementada com a ajuda de parceiros especialistas. E interessante ressaltar que menos de 10% do caixa operacional mínimo da empresa está comprometido como colateral, o que é uma boa notícia em termos de segurança financeira.

A meta dessa manobra é monetizar a volatilidade do Bitcoin para aumentar gradualmente as reservas da empresa, enquanto se mantém uma base financeira sólida. Os resultados dessas operações serão apresentados nas demonstrações financeiras trimestrais, permitindo que os acionistas acompanhem a evolução.

Recentemente, no dia 4 de setembro, o Méliuz anunciou a aquisição de 9,01 Bitcoins, que custaram cerca de US$ 1,01 milhão (aproximadamente R$ 5,5 milhões), com um preço médio de US$ 112.172 por cada BTC. Com essa compra, a empresa agora possui um total de 604,69 Bitcoins em sua carteira, com um custo médio de US$ 103.323 por BTC, se firmando como a maior detentora de bitcoins da América Latina.

Entretanto, essa liderança pode estar sob ameaça. Nesta semana, a Oranje, uma empresa que surgiu em março com a proposta de acumular Bitcoins, está dando passos largos para entrar na Bolsa de Valores. Informações recentes indicam que a Oranje já garantiu mais que o triplo da quantidade de bitcoins que o Méliuz possui atualmente.

Fanos e investidores, fiquem de olho no que vem por aí!

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo