Os ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos tiveram um dia complicado, com saídas líquidas que somaram US$ 869,86 milhões na quinta-feira, 13 de novembro. Esse número representa o segundo maior fluxo negativo desde que esses fundos foram lançados.
Entre os maiores motivos para essa movimentação, o Grayscale Mini Trust (BTC) se destacou, retirando US$ 318,2 milhões. Logo atrás, veio o BlackRock (IBIT) com US$ 256,6 milhões, seguido pelo FBTC da Fidelity, que viu US$ 119,93 milhões irem embora. Além disso, o Bitwise (BITB) também registrou saídas de cerca de US$ 47 milhões. Em apenas três semanas, o total de retiradas acumulou US$ 2,64 bilhões, refletindo uma cautela generalizada entre os investidores.
Esse movimento não aconteceu por acaso. Ele coincidiu com a queda do Bitcoin, que despencou para abaixo de US$ 100 mil pela primeira vez em 188 dias. A sensação no mercado é de nervosismo, influenciado por possíveis mudanças nas regulamentações e incertezas econômicas mais amplas.
Liquidações ultrapassam US$ 300 milhões
Com o mercado cripto em queda, as liquidações de posições alavancadas chegaram a US$ 316 milhões, conforme os dados da Coinglass. A maior parte dessas liquidações foi de posições long, que esperavam uma alta no preço do Bitcoin. Em uma hora, as liquidações do BTC atingiram US$ 190,65 milhões, enquanto o Ethereum (ETH) também enfrentou perdas, somando US$ 49,88 milhões.
Além disso, os ETFs de Ether não ficaram de fora: registraram saídas de US$ 259,72 milhões, o que representa a maior perda desde meados de outubro. É um sinal claro de que a volatilidade está afetando todos os âmbitos do mercado.
Queda do Bitcoin abaixo de US$ 100 mil
Na sexta-feira, 14 de novembro, o Bitcoin chegou a seu menor preço em mais de seis meses, caindo para US$ 96.682 durante as negociações na Ásia. Neste momento, ele estava sendo negociado a US$ 96,94 mil.
A pesquisa feita pelo CoinMarketCap revela que o BTC caiu 6,2% nas últimas 24 horas, superando a queda geral do mercado cripto, que foi de 6,15%. Esse desempenho também rompeu o nível de retração de Fibonacci de 23,6%, que se encontrava em US$ 111.958.
O chamado Fear & Greed Index, que mede o sentimento do mercado, marcou 22 em 100, indicando um clima de medo entre os investidores. Muitos comentaram que essa queda apagou semanas de otimismo, e sem a volta dos compradores institucionais, há temores de que o preço possa ficar estagnado ou cair ainda mais.
Tim Enneking, parceiro-gerente da Psalion, falou sobre essa situação e apontou fatores que pressionam o preço do BTC, como o ceticismo no mercado, a sensação de “bolha” provocada por empresas que possuem grandes quantidades de Bitcoin, além dos receios sobre a desaceleração econômica.
Esses dados mostram que o mercado de criptomoedas continua a ser uma montanha-russa imprevista, e todos estão de olho nas próximas movimentações.
