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Milei e Melania Trump citados em fraude de memecoins

Uma nova ação coletiva coloca luz sobre o fundador da Meteora, Benjamin Chow, apresentando-o como o cérebro por trás das memecoins Libra e Melania. As figuras públicas envolvidas, a primeira-dama Melania Trump e o presidente argentino Javier Milei, estão sendo defendidas como inocentes dos supostos “crimes” ligados a esses tokens.

Essas alegações vêm à tona no processo chamado Hurlock v. Kelsier Ventures, uma ação que trata de fraudes e extorsão. O foco está no lançamento de cinco tokens, entre os quais o LIBRA, promovido por Milei, e o MELANIA, relacionado a Trump, são os mais famosos.

O processo detalha como os réus usaram a credibilidade de personalidades e temas conhecidos, como a “moeda oficial Melania Trump” e a “moeda do renascimento argentino”. Esse artifício serviu para mascarar uma armadilha de liquidez. Os autores não alegam que esses rostos públicos foram cúmplices; eles foram utilizados como uma fachada para um crime elaborado pela Meteora e pela Kelsier.

Em janeiro, Melania Trump divulgou uma meme coin chamada MELANIA, dois dias após o marido lançar seu próprio token. A moeda rapidamente ganhou valor, mas, em poucos meses, viu seu preço despencar em 99%, enquanto a equipe por trás do projeto liquidava suas criptomoedas.

Por outro lado, Javier Milei promoveu o token LIBRA, que era apresentado como um meio de financiar pequenas empresas na Argentina. Assim como a MELANIA, o LIBRA teve um aumento de preço abrupto, mas depois caiu 90% em poucas horas. O presidente rapidamente apagou suas postagens relacionadas. Uma análise feita pela Bubblemaps mostrou uma ligação entre as carteiras que lançaram tanto o MELANIA quanto o LIBRA, o que desencadeou essa ação coletiva.

No lugar de responsabilizar os rostos conhecidos, os autores do processo apontam Chow como o principal arquétipo da ação criminosa. Os documentos indicam que a operação de mercado automático da Meteora operava de maneira autônoma, desvinculada da infraestrutura de Chow, que levantava os tokens do tipo “pump and dump” sob o nome da Meteora.

O processo revela que Chow contava com uma equipe de confiança para executar a fraude. Entre eles estão Ng Ming Yeow, cofundador da Meteora, e a família Davis, por meio da Kelsier Ventures. Juntos, eles lançaram e promoveram pelo menos 15 tokens usando o mesmo modelo.

Hayden Davis, CEO da Kelsier Ventures, se destacou na controvérsia após falar em várias entrevistas sobre o colapso da LIBRA. No entanto, o novo processo afirma que ele fez pelo menos 15 lançamentos de tokens sob a orientação de Chow.

Chow, que deixou a Meteora em fevereiro, quando surgiram informações sobre os lançamentos das memecoins, não respondeu aos pedidos de comentário. O escritório de advocacia representando os autores do processo alegou que capturas de tela de conversas no Telegram revelam que Davis estava trabalhando sob as instruções de Chow.

Em agosto, um juiz decidiu liberar US$ 57,6 milhões em USDC associados à meme coin Libra, expressando ceticismo sobre a vitória dos autores no caso. A Kelsier Ventures não se manifestou sobre o pedido de comentários.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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