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Milionários em criptomoedas crescem 40% no último ano

O número de milionários em criptomoedas cresceu 40% no último ano, segundo um relatório inovador da Henley & Partners em colaboração com a New World Wealth. Isso mostra que os ativos digitais estão firmando cada vez mais seu espaço como fontes relevantes de riqueza, mesmo considerando os desafios econômicos globais.

Atualmente, já são 241.700 milionários nessa área, um aumento bem expressivo comparado a 2022. O estudo também traz à tona que existem 36 bilionários e 450 centimilionários, ou seja, pessoas com patrimônios acima de US$ 100 milhões. O total de riqueza associada a esse pessoal já ultrapassa US$ 3,3 trilhões, crescendo 45% em apenas um ano.

Um ponto central desse crescimento é o Bitcoin, responsável por cerca de 60% dos milionários revelados no estudo. Há também uma estimativa de 295 milhões de pessoas que possuem BTC, um aumento de 7% em um ano. Dentre os bilionários, 17 devem suas fortunas diretamente ao Bitcoin, que manteve uma taxa de crescimento anual de 55%, sendo descrito como um verdadeiro “boom histórico de riqueza”.

O Crescimento dos Milionários em Criptomoedas

O número de milionários em Bitcoin, especificamente, aumentou 70% em apenas um ano, muito mais rápido do que outras criptomoedas. Essa aceleração está ligada à crescente adoção institucional, com figuras políticas e investidores importantes começando a olhar com mais seriedade para os criptoativos nos Estados Unidos.

Apesar desse crescimento impressionante, os milionários em criptomoedas ainda representam apenas 0,4% do total de milionários no mundo, que é estimado em cerca de 60 milhões, de acordo com dados do UBS. Isso indica que, apesar de estarmos vendo um aumento significativo, o universo das criptos ainda é pequeno quando comparado à riqueza tradicional.

A pesquisa também revela que o número total de usuários de criptomoedas no mundo chegou a 590 milhões, o que equivale a 7,4% da população global. Esse aumento de 5% em relação ao ano passado mostra que os ativos digitais estão se tornando parte do portfólio de muitos investidores.

Entre os países que estão na linha de frente nessa adoção estão Cingapura, Hong Kong e Estados Unidos, cada um se destacando em aspectos diferentes, como inovação e infraestrutura. Outros lugares, como Austrália e Cingapura, oferecem ambientes regulatórios favoráveis, enquanto Mônaco e os Emirados Árabes Unidos são conhecidos pelos benefícios fiscais.

As Implicações dessa Nova Era Financeira

O estudo também levanta questionamentos filosóficos sobre essa transformação. Para Samson Mow, CEO da JAN3, a dicotomia entre moedas fiduciárias e Bitcoin representa o “paradoxo definidor da era atual”. Enquanto o dinheiro tradicional depende da emissão constante por parte dos governos, o Bitcoin tem uma oferta fixa de 21 milhões de unidades.

Afinando o olhar sobre essa rápida ascensão da riqueza cripto, especialistas afirmam que isso pressiona governos e reguladores a repensarem como lidam com a nova era das finanças globais. Dominic Volek, do Henley & Partners, salienta que, ao contrário do dinheiro convencional, as criptomoedas não têm fronteiras e podem ser transferidas apenas com palavras-chave que a pessoa decora. Isso representa uma ruptura significativa com a forma tradicional de associar riqueza a um território físico.

Essas mudanças estão moldando uma nova maneira de entender o que significa ser rico em um mundo cada vez mais digital, refletindo uma evolução nas finanças que vale a pena acompanhar.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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