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Minerar bitcoin em casa: guia prático e eficiente

Minerar Bitcoin em casa pode parecer um desafio e tanto, especialmente com a intensa concorrência global e a atuação de grandes empresas no setor. Se você está se perguntando o que, de fato, é essa mineração, aqui vai uma explicação simples: ela envolve a adição e a verificação de blocos de transações na blockchain. Mineradores usam máquinas potentes e energia elétrica para resolver problemas criptográficos, recebendo em troca novas moedas.

A rentabilidade dessa atividade está bastante ligada ao custo da energia e à dificuldade da rede, que tende a aumentar conforme mais mineradores entram na jogada. No Brasil, por exemplo, isso torna a mineração menos viável financeiramente. Apesar disso, minerar é essencial para garantir a segurança da rede Bitcoin e incentivar a participação da comunidade.

Mas como anda a competição? Para um minerador solo, a chance de encontrar um bloco apenas com um equipamento básico é quase nula. É como competir com um mar de grandes mineradoras, como a Antpool, que utiliza milhares de máquinas para gerar um poder de mineração imenso. Um exemplo prático: enquanto uma grande mineradora pode operar com 196 EH/s (exahashes), um minerador comum pode ter apenas 70 KH/s, uma diferença absurda!

No entanto, é importante lembrar que muitos já conseguiram minerar com sucesso mesmo em meio a esse cenário adverso. E se você está disposto a tentar, a boa notícia é que qualquer pessoa que saiba usar um computador pode aprender a minerar, mesmo que a paciência e a sorte sejam fundamentais nessa jornada.

Mineração solo com computador

A maneira mais tradicional de minerar é através do software Bitcoin Core. Com ele, você baixa e instala a versão oficial da rede em seu computador. Após a sincronização da blockchain, é hora de configurar um minerador compatível. Sites especializados como NiceHash, CGMiner e BFGMiner são boas opções.

A desvantagem, no entanto, é que, com a dificuldade atual, um PC comum pode levar anos para encontrar um bloco — se conseguir encontrar. Portanto, essa forma de mineração é mais uma experiência de aprendizado do que uma oportunidade de lucro.

Se você estiver disposto a ir um passo além, pode montar uma pequena rig de mineração utilizando equipamentos próprios, como os da Antminer e WhatsMiner.

Mineração em pool – compartilhando hashrate

Outra alternativa é se unir a um pool de mineração. Seja um grupo onde os mineradores compartilham seu poder de computação e dividem as recompensas. Nesse formato, você não precisa baixar o Bitcoin Core e pode usar um software de mineração.

Existem várias plataformas conhecidas, como Antpool, F2Pool e ViaBTC. A ideia é que todos contribuam com seu poder de mineração, o que torna os pagamentos mais frequentes. Embora seja um método mais viável para ver resultados, é bom lembrar que os ganhos costumam ser pequenos.

Participar de um pool também exige confiar nos administradores. Eles podem alterar as regras e as distribuições de recompensas, então escolha empresas que sejam confiáveis e conhecidas no mercado.

Compra de poder de mineração

Outra opção é comprar hashrate em serviços de “cloud mining”. Nesses casos, você aluga parte de servidores para minerar e paga uma taxa. Porém, essa prática pode ser arriscada, já que existem muitas fraudes e promessas de lucros fáceis. Portanto, pesquise bem antes de enviar qualquer dinheiro.

Antes de decidir entrar nessa, considere algumas coisas:

  • Custo da energia: No Brasil, o alto custo da eletricidade geralmente inviabiliza os lucros.

  • Equipamentos ASIC: Além de caros, são ruidosos e geram muito calor.

  • Fraudes com mineração pelo celular: Muitos destes projetos são enganosos.

Mesmo assim, minerar ainda pode ser uma ótima maneira de entender como o Bitcoin funciona na prática. E não se esqueça, ter uma conexão de internet estável é crucial. Uma conexão via cabo geralmente é muito mais confiável do que depender do Wi-Fi.

Outro detalhe importante é verificar se o serviço de mineração estipula um valor mínimo para saques. Isso pode tornar a parceria desleal, fazendo com que seja demorado demais para você conseguir retirar seus ganhos.

Rentabilidade com mineração de Bitcoin

Sobre a rentabilidade, ela depende de alguns fatores:

  • Custo de energia: Equipamentos consomem muita eletricidade. Tarifas mais baixas podem aumentar seu lucro.

  • Eficiência do hardware: Máquinas modernas fazem mais cálculos consumindo a mesma energia, oferecendo melhores retornos.

  • Preço do Bitcoin: Quando o valor do BTC sobe, suas recompensas também aumentam. O contrário acontece em períodos de queda.

Em suma, minerar Bitcoin em casa é mais uma forma de explorar e aprender sobre o mundo das criptomoedas. Para entusiastas e quem gosta de tecnologia, essa experiência pode ser muito válida, mesmo que as chances de retorno sejam baixas.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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