Ministro prevê que países seguirão exemplo de Luxemburgo com Bitcoin
O ministro das Finanças de Luxemburgo, Gilles Roth, fez uma afirmação interessante na última quinta-feira durante uma conferência de criptomoedas em Amsterdã. Ele compartilhou sua expectativa de que mais países comecem a comprar Bitcoin como parte de suas estratégias de longo prazo, seguindo o exemplo de Luxemburgo. No seu discurso, que durou cerca de 15 minutos, ele explicou por que o país foi pioneiro nesse tipo de investimento.
Recentemente, Roth anunciou que o Fundo Soberano Intergeracional de Luxemburgo (FSIL) decidiu investir 1% de seus ativos em Bitcoin, fazendo isso através da compra de cotas de ETFs. Esse passo tornou Luxemburgo o primeiro fundo estatal da zona do euro a dar essa guinada na criptomoeda que lidera o mercado.
O ministro comentou que essa decisão mostra uma intenção clara de compromisso de longo prazo. Embora o fundo tenha liberdade para investir em diversas criptomoedas, ele afirmou que a escolha pelo Bitcoin foi evidente: “Não existe segundo melhor”, uma frase que ecoa a famosa declaração de Michael Saylor, um dos empresários mais conhecidos no setor.
O olhar sobre a adoção no cenário europeu
Roth expressou sua crença de que a adoção de Bitcoin por governos ainda está no começo, mas ressaltou que muitos países europeus estão cada vez mais atentos a essa nova realidade. “Estou certo de que outros seguirão nossa liderança”, garantiu, enquanto discutia regularmente com ministros e instituições financeiras de outros países.
Na sua fala, ele também abordou a posição de Luxemburgo em relação ao papel do Bitcoin e das criptomoedas no futuro da Europa. Para Roth, o continente está enfrentando desafios de competitividade global, e ele vê os ativos digitais como uma oportunidade para superar essas barreiras.
Ele destacou que a Europa é essencialmente um continente de poupadores, não necessariamente de investidores. Nesse contexto, destacou que o Bitcoin e outras formas de tokenização podem facilitar investimentos além-fronteiras e impulsionar a inovação.
O futuro do Bitcoin segundo Roth
Embora Roth não se considere um “maximalista”, ou seja, alguém que defenda apenas o Bitcoin, ele acredita que essa criptomoeda se tornará um ativo mainstream, comparável ao ouro. Ele imagina um futuro financeiro mais híbrido, onde o Bitcoin coexistirá com outras formas de ativos digitais, como as stablecoins.
Fundo Soberano e seu histórico
No mês passado, durante a apresentação do Orçamento de 2026 em Luxemburgo, o ministro reafirmou o investimento do FSIL em Bitcoin. Criado em 2014, esse fundo tem como missão gerar reservas para as futuras gerações do pequeno país europeu, que conta com apenas 682 mil habitantes. Com US$ 730 milhões em ativos, a maior parte do fundo está concentrada em investimentos de alta qualidade.
Essas movimentações de Luxemburgo refletem uma crescente confiança nas criptomoedas e, certamente, chamam a atenção de outros governos ao redor do mundo, que podem olhar para esse exemplo com interesse.





