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Moeda social em blockchain avança no Brasil com Chainlink

Alguns bancos comunitários no Nordeste estão explorando uma novidade interessante: a criação de moedas sociais utilizando blockchain. Essa tecnologia tem o potencial de transformar a maneira como essas comunidades lidam com suas transações financeiras.

A E-dinheiro Brasil, uma plataforma focada em moedas sociais e comunitárias, anunciou que essas emissões são garantidas em Real brasileiro. Recentemente, novos testes dessa fórmula envolveram a Rede Blockchain Brasil (RBB), mostrando que o Nordeste está avançando nesse tema.

Uma novidade legal vem da cidade de Indiaroba, em Sergipe. Nesta localidade, uma parceria entre o Instituto Plexos, a E-dinheiro e a Chainlink resultou na criação da moeda social Aratu, que está sendo testada com o apoio da RBB.

O Banco Palmas e a Visão de Joaquim Melo

Joaquim Melo, o fundador do Banco Palmas, o primeiro banco comunitário da América Latina, discutiu a importância de migrar para o sistema de blockchain durante o evento Conexão ODS, realizado em Natal (RN). Ele compartilhou um pouco da sua trajetória. Nascido em Fortaleza (CE), Melo percebeu que os grandes bancos não estavam interessados em financiar ideias da sua comunidade. Isso o motivou a criar um projeto voltado para apoiar as produções locais.

Durante sua fala, Melo enfatizou que não adianta apenas criticar o capitalismo. Ele acredita que é necessário apresentar alternativas econômicas melhores para as comunidades. O Banco Palmas se alinha a essa visão, e através da iniciativa E-dinheiro, agora busca levar as moedas sociais para o ambiente da blockchain. Segundo Melo, essa segurança tecnológica pode ser um grande passo em frente para as moedas sociais.

A advogada Camila Rioja do Instituto Plexos também está envolvida nesse projeto. Ela destacou a importância da tecnologia de registro distribuído e a imutabilidade que o blockchain oferece. Essa abordagem pode ser a chave para um futuro mais seguro e eficiente.

Desafios no Ceará com a Moeda Digital

Enquanto essas iniciativas estão em andamento, o Governo do Ceará ainda não liberou o uso do bitcoin como moeda social em Jericoacoara. Esse projeto, liderado pelo movimento social Praia Bitcoin Jericoacoara, é pioneiro no Brasil e busca criar o primeiro Banco Comunitário de Bitcoin do mundo.

Os representantes estão aguardando uma resposta oficial do regulador e ainda tentam reverter essa negativa. É importante lembrar que o bitcoin é uma moeda digital descentralizada, o que poderia facilitar o consumo comunitário e internacional na linda Jericoacoara.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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