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Negociações de stablecoins de real superam 2024 em 2025

Em 2025, o volume de stablecoins atreladas ao real chegou a impressionantes R$ 6,5 bilhões. Esse número supera os R$ 4,9 bilhões registrados no ano anterior e está no relatório “LATAM Crypto 2025 Report”, produzido pela Dune, uma plataforma que compila dados sobre o mercado de criptomoedas.

O crescimento das stablecoins de real é notável. Passamos de um total de apenas R$ 110 milhões em 2021 para a marca atual de R$ 6,5 bilhões em 2025. E olha que ainda temos quatro meses até o final do ano! Um dos maiores saltos aconteceu entre 2023 e 2024, quando o volume foi de R$ 786 milhões para R$ 4,9 bilhões — um crescimento de incríveis 530%.

Outro dado que chama atenção é o número de transferências. Em 2021, foram realizadas cerca de 5 mil transferências usando stablecoins de real. Agora, em 2024, esse número saltou para 1,4 milhão. Em 2025, já temos 1,2 milhão de transferências contabilizadas. O número de usuários únicos também cresceu bastante, saindo de menos de 800 em 2021 para mais de 90 mil em 2025, um aumento de 11 vezes desde 2023.

Esses dados revelam uma movimentação rápida e significativa no uso de stablecoins no Brasil. O relatório aponta que, o que começou como uma ideia experimental, se transformou em um elemento fundamental da economia digital do país. As transações, o número de usuários e o valor negociado cresceram exponencialmente em poucos anos.

No cenário atual, cinco stablecoins de real estão em circulação: BRZ, cREAL, BRLA, BRL1 e BBRL. Diferente das stablecoins atreladas ao dólar, que rodam principalmente na rede Ethereum, as stablecoins brasileiras são mais ativas em redes de segunda camada e alternativas.

A pesquisa também destacou a Polygon como a principal plataforma para essas moedas. Em julho de 2025, a Polygon registrou cerca de 74 mil transferências realizadas por 14 mil usuários únicos, alcançando um recorde de R$ 500 milhões em volume mensal.

Os pagamentos entre empresas (B2B) estão liderando essa movimentação financeira. Muitas empresas pagam fornecedores ou funcionários do exterior e realizam a liquidação localmente pelo PIX. Assim, o que antes parecia distante, agora se mostra essencial para o ecossistema de ativos tokenizados no Brasil, facilitando as transações e eliminando a necessidade de intermediários bancários.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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