Neymar recebe colar de pedras preciosas de influencer preso por fraude
O influenciador Bruno Alexssander Souza Silva, mais conhecido como Buzeira, foi preso pela Polícia Federal na Operação Narco Bet, que aconteceu no dia 14 de outubro. Em 2023, ele teve a oportunidade de conhecer o craque Neymar Jr. e, para marcar o momento, presenteou o jogador com um colares de ouro e pedras preciosas, estimado em cerca de R$ 2 milhões.
Em dezembro do mesmo ano, Buzeira participou de um cruzeiro especial chamado “Ney em Alto Mar”, ao lado do atleta e de outras personalidades. Durante o evento, os dois foram fotografados juntos, e Buzeira fez questão de compartilhar sua admiração pelo Neymar nas redes sociais. Ele chegou a dizer: “Presente do 00 para o 00 chefe. Falem bem ou falem mal, ninguém é igual, Neymar tem que respeitar.” É importante ressaltar que Neymar não foi envolvido na operação da PF e não é alvo de investigação.
Ainda neste ano de 2023, Buzeira também começou a ser mencionado em um inquérito que investigava possíveis irregularidades relacionadas ao caso VaideBet, onde o ex-presidente do Corinthians, Augusto Melo, teria contraído dívidas relacionadas a campanhas eleitorais, envolvendo doações de influenciadores e empresários.
Outro nome que ganhou destaque na operação foi o empresário Rodrigo Morgado, que, assim como Buzeira, já foi visto em fotos com Neymar. Morgado se apresenta como um dos investidores do Atlético Monte Azul, um clube do interior paulista que conta com Neymar pai em sua gestão. Ele se tornou conhecido por ter sorteado um carro em uma festa de fim de ano e depois retirar o prêmio da funcionária que ganhou, alegando que ela não seguiu as regras.
Em defesa de Rodrigo, seu advogado afirmou que ainda não teve acesso completo ao processo, mas garante que ele sempre atuou dentro da legalidade, como contador e prestando serviços técnicos.
Operação Narco Bet
A Operação Narco Bet resultou na prisão de 11 pessoas e na apreensão de mais de uma dezena de veículos luxuosos, além de um bloqueio total de R$ 630 milhões. As investigações indicam que o grupo criminoso estava envolvido em atividades de tráfico internacional de drogas, utilizando o dinheiro do crime para investir em casas de apostas. Assim, eles conseguiram ocultar a origem dos recursos.
A Polícia Federal explicou que a organização usava métodos sofisticados para a lavagem de dinheiro, confrontando movimentações em criptomoedas e remessas internacionais, tudo isso para disfarçar a proveniência ilícita dos fundos. O relatório aponta que parte do capital obtido do tráfico era aplicado na legalização de empresas de apostas, misturando legal e ilegal de forma ardilosa.
Esses detalhes revelam um cenário complexo e preocupante, demonstrando como o crime organizado pode transitar por caminhos inesperados, muitas vezes fazendo conexões com pessoas famosas e projetos que atraem a atenção do público.