Novo chip quântico da IBM pode impactar o Bitcoin
A IBM deu um passo importante na sua jornada em direção à computação quântica, apresentando novas soluções em processadores e softwares. A empresa revelou suas expectativas para alcançar uma verdadeira vantagem quântica até 2026, além de melhorias na tolerância a falhas até 2029. Mas o que isso tudo significa? Vamos entender.
A vantagem quântica é quando um computador quântico consegue fazer algo que um computador tradicional não consegue. Já a tolerância a falhas é a habilidade do qubit (a unidade básica de informação quântica) de funcionar de forma confiável, mesmo quando ocorrem erros. Se os planos da IBM se concretizarem, seu processador chamado Nighthawk será fundamental para a criação de um computador quântico que pode ser utilizado comercialmente até o final desta década.
Apesar desse avanço, não precisa se preocupar ainda. As novas tecnologias da IBM não representam uma ameaça à criptografia do Bitcoin. Para quebrar a segurança da criptografia utilizada pelo Bitcoin, seria necessário um computador quântico com cerca de 2.000 qubits lógicos—e isso equivale a muitos mais qubits físicos por conta da correção de erros. O Nighthawk, por exemplo, atualmente tem 120 qubits, o que demonstra que ainda temos um bom caminho pela frente.
Os primeiros sistemas Nighthawk devem ser lançados até o final de 2025. A previsão é que futuramente esses sistemas tenham mais de 1.000 qubits, estabelecendo uma nova barreira. O chip do Nighthawk conecta os qubits de forma mais eficiente, permitindo circuitos mais complexos e, consequentemente, realizando cálculos mais avançados.
Rumo ao Computador Quântico Escalável
O Nighthawk marca um avanço no projeto Starling da IBM, que visa criar um computador quântico de grande escala e que seja tolerante a falhas até 2029. Para isso, a empresa sabe que vai precisar fazer grandes progressos na arquitetura e na correção de erros.
Recentemente, o Google também anunciou que seu processador Willow alcançou algo chamado de aceleração quântica verificada, o que gerou mais apreensão sobre a segurança da criptografia do Bitcoin. Isso mostra que a corrida pela computação quântica está esquentando.
A IBM não está sozinha nessa jornada. A empresa se uniu a outras instituições, como a Algorithmiq e o Flatiron Institute, e lançou um rastreador de vantagem quântica, destinado a comparar os resultados de experimentos quânticos e clássicos. Além disso, a IBM está ampliando seu software Qiskit, permitindo que ele trabalhe melhor com o novo hardware, com melhorias notáveis na precisão.
Investindo em Tolerância a Falhas
Entre os novos anúncios, a IBM destacou também seu processador experimental Quantum Loon, que mostra todos os componentes necessários para uma computação quântica que aguente falhas. O chip utiliza tecnologias já conhecidas em outros sistemas, possuindo acopladores de longo alcance que conectam qubits distantes.
A empresa conseguiu aumentar sua velocidade de decodificação de erros em até dez vezes, oferecendo correção em tempo real em menos de 480 nanossegundos—um marco importante alcançado antes do esperado.
Além disso, a IBM mudou suas operações para um local que permite a produção de chips quânticos com mais eficiência, aumentando a complexidade dos projetos em questão. Isso tudo representa um avanço contínuo em direção a sistemas quânticos mais escaláveis e robustos.
Com essas novidades, a IBM está determinada a liderar o desenvolvimento de um futuro quântico, onde a produção e a exploração de novas soluções andem lado a lado para transformar não apenas a computação, mas também a forma como lidamos com a segurança digital.





