Novo vírus no WhatsApp rouba criptomoedas no Brasil
A Secretaria de Tecnologia da Informação (Seteci) do Tribunal de Justiça de Sergipe (TJSE) fez um alerta sério para magistrados e servidores sobre um novo malware chamado Sorvepotel. Em um comunicado divulgado na terça-feira (14), o tribunal informou que o vírus, que está se espalhando no Brasil, chega principalmente pelo WhatsApp e tem como alvo informações bancárias e dados de criptomoedas das pessoas.
O Sorvepotel atua de forma a roubar dados sensíveis, como usuários, senhas e contrassenhas de acesso a bancos e corretoras de criptomoedas. Os ataques costumam ser iniciados quando a vítima está distraída, geralmente por meio de mensagens no WhatsApp, mas também podem ocorrer via e-mail. O TJSE reforçou a importância de ter cuidado nas comunicações, lembrando que há soluções internas disponíveis para ajudar os servidores. Se alguém suspeitar de que seu computador foi infectado, é fundamental acionar o suporte técnico imediatamente.
Curiosamente, o WhatsApp ainda não divulgou nenhum alerta sobre este problema em sua página de incidentes públicos.
Novo malware se espalha pelo WhatsApp e compromete computadores e serviços do tribunal
A investigação do TJSE revelou que o Sorvepotel faz um monitoramento contínuo das suas vítimas. Isso significa que, uma vez no sistema, o vírus se instala de forma persistente e começa a buscar informações sobre ferramentas financeiras utilizadas, preparando o terreno para o roubo de credenciais.
Esse malware foi nomeado com uma referência ao Brasil, pois as infecções até agora foram quase todas registradas aqui. Ele é projetado para atacar computadores que usam o sistema operacional Windows. O objetivo principal é sempre o mesmo: roubar informações bancárias. Ao se infiltrar no sistema, o vírus monitora a navegação do usuário e procura sinais de acesso a sites financeiros para realizar o roubo das credenciais.
O Tribunal de Justiça do Espírito Santo, que também está enfrentando esses ataques, já tomou medidas para mitigar os danos. Ele decidiu bloquear o uso do WhatsApp Web para seus servidores como uma forma de proteger os dados e a segurança digital.
Como parte das ações corretivas, o tribunal do Espírito Santo também está realizando a formatação dos computadores infectados, o que pode levar a longos períodos de indisponibilidade do trabalho. O acesso aos sistemas será reestabelecido apenas quando houver garantias suficientes de segurança técnica.
Como se proteger contra o Sorvepotel
Para não virar uma vítima desse malware, é fundamental ter cautela, especialmente ao receber arquivos com extensão ZIP. Evitar abrir esse tipo de arquivo pode ser uma boa precaução. Desativar downloads automáticos no WhatsApp também é uma prática recomendada.
Utilizar um antivírus atualizado e manter todos os softwares do computador em dia ajuda bastante a minimizar os riscos. Por último, uma regra fundamental é sempre aplicar o lema: “não confie, verifique”. Essa atitude pode ser decisiva na proteção contra esses tipos de fraudes digitais.