P2P de criptomoedas admite culpa por transmissão de dinheiro nos EUA
Um P2P de bitcoin e criptomoedas se declarou culpado nos Estados Unidos por operar um negócio de transmissão de dinheiro sem licença entre 2019 e 2022. William McNeilly, de 56 anos, agora aguarda sua sentença, que deve ser anunciada em outubro de 2025.
A revelação sobre a confissão de McNeilly veio à tona na segunda-feira (21), em um tribunal federal em New Haven, Connecticut. O procurador dos EUA, David X. Sullivan, compartilhou os detalhes do caso, que mostram que o vendedor estava à frente de uma loja chamada Global Income Marketplace LLC, também conhecida como GIM. Curiosamente, sua empresa tinha um registro voltado para “construção de sites, programação, reparos e atualizações de computadores”.
Além disso, McNeilly também gerenciava outra empresa, a Global NuMedia LLC (GNM), que permitia ao P2P criar várias contas bancárias. As duas empresas possuíam diversas contas em instituições financeiras e estavam registradas em corretoras de criptomoedas.
No entanto, uma investigação do Serviço de Inspeção Postal dos EUA descobriu que as empresas de McNeilly estavam recebendo dinheiro, cheques e ordens de pagamento, trocando tudo por criptomoedas. Como as leis exigem um registro específico para operar com dinheiro, as autoridades não tardaram em investigar a situação.
Ao se declarar culpado, McNeilly pode enfrentar até cinco anos de prisão pela transmissão de dinheiro sem licença, além de mais 10 anos para cada uma das três acusações de transações financeiras ilegais. No total, ele pode enfrentar até 35 anos de prisão.
Banco encerra conta e alerta sobre a legalidade, mas McNeilly continua operando
A operação de McNeilly sem autorização foi registrada entre junho de 2019 e junho de 2022, e as autoridades descobriram que ele movimentou aproximadamente 1 milhão de dólares nesse período. Durante a investigação, valores relacionados a fraudes de romance nos EUA foram encontrados nas contas de suas empresas. A justiça alegou que McNeilly tinha conhecimento de que os cheques depositados estavam ligados a fraudes, mas mesmo assim continuou seus negócios.
Em fevereiro de 2021, McNeilly foi contatado pelo TD Bank, que o informou sobre uma transferência eletrônica de US$ 10.000 para a GNM que tinha sido reportada como fraudulenta. O banco ainda ressaltou que ele precisaria de uma licença para operar. Apesar do alerta e do fechamento das contas do GIM e GNM, McNeilly não desistiu e continuou fazendo ao seu modo, utilizando outras contas para manter suas atividades.
Ele foi preso em 6 de junho de 2024, mas conseguiu responder ao processo em liberdade após pagar uma fiança de US$ 50 mil. Essa saga mostra como é importante seguir as regulamentações, especialmente em um setor tão dinâmico e em crescimento como o das criptomoedas.