A emissão de stablecoins é uma área onde a precisão é fundamental, e a Paxos recentemente enfrentou uma situação delicada. No dia 15 de outubro, a empresa cometeu um erro que resultou na criação de incríveis US$ 300 trilhões em PYUSD, a stablecoin do PayPal. Para ter uma ideia, esse valor é mais de oito vezes a dívida nacional dos Estados Unidos, que é de apenas US$ 37 trilhões, e ultrapassa o PIB global, estimado em cerca de US$ 117 trilhões.
A situação ocorreu às 16h12, horário de Brasília, e foi classificada como um “erro técnico”. Depois de aproximadamente 30 minutos de tensão no mercado, a Paxos conseguiu corrigir a situação ao queimar os tokens excedentes. Em uma comunicação pela rede social X, a empresa garantiu que “não houve violação de segurança” e que os fundos dos clientes estavam protegidos.
O erro aconteceu a partir de uma carteira ativa da Paxos, que acabou direcionando esse montante astronômico para o contrato inteligente associado ao PYUSD do PayPal. Para ilustrar a gravidade da situação, a Paxos precisava não apenas lidar com a grande quantidade errada de tokens, mas também garantir a estabilidade do mercado. Durante esse período, o preço do PYUSD chegou a perder temporariamente a paridade de US$ 1, uma situação que sempre gera preocupação entre investidores e usuários. Logo após a queima dos tokens, o preço se estabilizou novamente.
Além disso, a Aave, uma plataforma importante em finanças descentralizadas (DeFi), tomou precauções e decidiu congelar temporariamente os mercados de PYUSD, mostrando o quanto esse incidente influenciou o ecossistema. Com tudo normalizado, a Paxos continuou sua atividade normal emitindo 300 milhões de PYUSD como parte de suas operações regulares.
Atualmente, o PYUSD é uma das principais stablecoins do mercado, ocupando a sexta posição global, com uma capitalização de mercado de US$ 2,6 bilhões. Isso demonstra não só a relevância do ativo, mas também a complexidade e os desafios envolvidos na gestão de criptomoedas e stablecoins.
