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PF detém suspeito com R$ 700 mil de dinheiro vazado do Pix

A Polícia Federal (PF) no Brasil deu um passo importante na luta contra crimes cibernéticos ao deflagrar mais uma fase da Operação Magna Fraus. Esta operação investiga um ataque a uma instituição financeira que resultou no vazamento de milhões de reais relacionados ao sistema Pix do Banco Central. Na quarta-feira, dia 24, os agentes encontraram R$ 700 mil em espécie com um dos suspeitos.

Essa é a quarta prisão conectada a um dos maiores ataques hackers da história do Brasil, que visa contas feitas a partir do Banco Central. Curiosamente, a PF não achou nenhuma quantia em criptomoedas com o suspeito. Isso mostra que, até agora, os criminosos ainda preferem o bom e velho dinheiro em papel.

O apoio do Ministério Público de São Paulo foi fundamental nessa ação, que ocorreu em Boa Vista, a capital de Roraima.

Apreensão de dinheiro em espécie e ligação com roubo de Pix

Em um comunicado, a PF destacou a prisão e informou que não pode compartilhar muitos detalhes, já que a investigação da Magna Fraus continua ativa. Entretanto, a força-tarefa mencionou que essa nova etapa resultou de um compartilhamento de informações entre o Banco Central e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF). O COAF é responsável por reportar transações suspeitas à polícia federal.

Os R$ 700 mil estavam com um homem cuja conta bancária recebeu quantias altas provenientes de empresas favorecidas pelo desvio eletrônico. O crime aconteceu em junho de 2025, e inicialmente as autoridades acreditavam que grande parte do dinheiro havia sido transferido para corretoras de criptomoedas.

Contudo, o ataque às instituições financeiras tradicionais impactou diretamente as contas no Pix. As investigações indicam que o esquema de lavagem de dinheiro se concentrou no uso de empresas e contas bancárias de “laranjas”, além de saques em dinheiro vivo.

A PF reforçou em seu comunicado: “O detentor dos valores em espécie foi preso em flagrante por lavagem de dinheiro, pois não apresentou justificativas plausíveis para ter quantias tão altas em espécie. As investigações continuam.”

A empresa afetada se declara vítima e colabora com as investigações

Por sua vez, a C&M Software (CMSW), a empresa que sofreu o ataque, se posicionou como vítima da situação. Em sua página de transparência, ela reafirma seu comprometimento em colaborar com as autoridades e a reestruturar sua infraestrutura para evitar novos problemas no futuro.

Em um trecho em sua plataforma de perguntas e respostas, a CMSW afirmou: “Reafirmamos que somos vítimas de uma ação criminosa externa e que todos os nossos sistemas críticos permanecem íntegros. Atuamos com total transparência e colaboração com autoridades, clientes e reguladores. Segurança e conformidade são pilares inegociáveis da nossa operação.”

Essa situação ilustra bem os desafios que empresas e instituições enfrentam na era digital, onde ataques cibernéticos podem impactar profundamente tanto a operação quanto a confiança dos clientes.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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