Pharma fecha acordo para financiar tesouraria de US$ 100 milhões em Litecoin
A MEI Pharma, uma empresa farmacêutica que está na bolsa, acaba de dar um passo bem interessante. Na quarta-feira, dia 17, finalizou uma captação de recursos de US$ 100 milhões em uma colocação privada. A ideia? Criar uma tesouraria em Litecoin, uma criptomoeda bastante conhecida.
Para isso, a companhia vendeu 29.239.767 ações ordinárias, arrecadando aproximadamente US$ 100 milhões com o preço de US$ 3,42 por ação, de acordo com Charlie Lee, o fundador da Litecoin Foundation. Ele também vai se juntar ao conselho da MEI Pharma, trazendo conhecimento e um olhar especializado para a empresa.
Com essa mudança, a MEI entra para um grupo crescente de empresas que estão começando a adotar criptomoedas como uma estratégia principal para gerenciar suas finanças. Um exemplo é a Luxxfolio, uma companhia canadense que já comprou 4.982 LTC para sua tesouraria corporativa.
O Litecoin, que foi criado a partir de um fork da blockchain do Bitcoin em 2011, ocupa a 23ª posição entre as criptomoedas em termos de valor de mercado, com capitalização superior a US$ 8,5 bilhões. Recentemente, seu valor estava em US$ 113,35, apresentando uma queda de 4,6% nas últimas 24 horas.
Para ajudar nessa nova fase, a MEI Pharma contará com a GSR, uma especialista em gestão de tesouraria para ativos digitais, que vai atuar como consultora.
A movimentação da MEI Pharma se alinha a uma tendência de empresas mirando na estratégia de compra de ativos digitais. Recentemente, algumas companhias, como a SharpLink Gaming, foram além e decidiram investir também em altcoins, convertendo-se em tesourarias de Ethereum. A SharpLink, por exemplo, já detém mais de 360.000 ETH, avaliados em US$ 1,3 bilhão.
Outras empresas, como a Trident, em Cingapura, e a BitOrigin, estão explorando possibilidades semelhantes, buscando reforçar suas reservas com XRP e Dogecoin.
Charlie Lee revelou que a MEI Pharma pretende adquirir Litecoin em partes, ao longo dos próximos dias ou semanas, fazendo essas compras em dólares, seja no mercado de balcão ou nas corretoras.
Essas movimentações estão chamando a atenção, pois refletem uma nova fase no mundo corporativo, onde cada vez mais empresas estão dispostas a explorar o potencial das criptomoedas para diversificar e fortalecer seus ativos.