Pix oferece cashback em criptomoedas
A Magie, conhecida como o “banco do WhatsApp”, está fazendo barulho no mercado de finanças digitais. A fintech já movimentou mais de R$ 1 bilhão em transações e agora tem planos de lançamento de sua própria criptomoeda, a MCoin. Essa novidade promete agitar o modo como os brasileiros interagem com o dinheiro, oferecendo recompensas em criptomoeda para quem usa o Pix.
Esse programa de fidelidade é algo que ainda não vimos aqui no Brasil. Com a MCoin, a Magie vai recompensar cada transação realizada pelo aplicativo com cashback em criptomoedas. Luiz Ramalho, o fundador da empresa, explicou a proposta de maneira simples: “Por que usar o Pix e não ganhar nada, se você pode receber algo por isso aqui na Magie?”
A Magie atua principalmente pelo WhatsApp, utilizando tecnologia de inteligência artificial para criar uma interface de banco nesse aplicativo tão popular. Isso facilita a vida do usuário, que pode enviar Pix, consultar saldo através de mensagens ou até pagar boletos apenas enviando fotos. O objetivo é reunir em um só lugar diversas operações financeiras em um assistente pessoal.
Com um produto voltado a pessoas que fazem muitas transações diárias em diferentes bancos, a Magie rapidamente alcançou essa marca impressionante de R$ 1 bilhão em um ano. Agora, a introdução da MCoin é parte de uma estratégia maior de expansão.
A MCoin e os planos de crescimento da Magie
Além de centralizar os pagamentos via Pix, a Magie se propõe a ser uma alternativa aos cartões de crédito e débito, que também costumam oferecer programas de recompensa. Com a MCoin, o Pix vai ganhar um competidor à altura.
Luiz Ramalho observa que o exemplo do Nubank com criptomoedas mostra que programas de cashback em cripto têm potenciais significativos. O NuCoin, por exemplo, teve uma enorme adesão, atingindo 16 milhões de usuários.
Esse token foi lançado em março de 2023 na blockchain da Polygon e rapidamente chamou a atenção, mas o Nubank enfrentou dificuldades com sua gestão e, em janeiro de 2024, anunciou que pararia de oferecer liquidez para negociação do NuCoin. Desde então, o token enfrentou um queda considerável.
Ramalho quer evitar que a MCoin siga o mesmo caminho do NuCoin. O plano é que, inicialmente, os usuários da Magie apenas acumulem a criptomoeda e a usem dentro de uma rede de parceiros. Com o tempo, e uma base cadastrada maior, as operações de compra e venda serão liberadas.
“Parte do sucesso é deixar o mercado fazer a descoberta de preço”, diz Ramalho, que também enfatiza que haverá limites de compra e venda por CPF, aumentando gradativamente conforme a capitalização de mercado da MCoin evolui.
Lançar a MCoin é apenas um dos passos da Magie para se posicionar ainda mais como o “banco do WhatsApp”. Em seus planos, a fintech quer lançar um aplicativo próprio, que incluirá ferramentas de organização financeira, previsões de gastos, gestão de investimentos e integração com o Open Finance.
Além disso, a empresa também planeja expandir seus serviços para outras plataformas digitais. “O WhatsApp é só um canal. O que estamos construindo é a inteligência por trás, um agente que pode atuar no app, no site, no Telegram ou em qualquer lugar,” detalha Ramalho.
Recentemente, a fintech lançou uma conta PJ, voltada para profissionais autônomos e microempreendedores, ampliando ainda mais suas opções no mercado.