Notícias

Polícia detém dois por furto de eletricidade para mineração de Bitcoin em Hong Kong

A polícia de Hong Kong prendeu dois homens suspeitos de furtar eletricidade para minerar Bitcoin. Eles usaram tetos falsos em instituições que atendem pessoas com deficiência para esconder os equipamentos. É um caso que destaca os problemas ligados ao roubo de energia em um cenário onde a mineração de criptomoedas é legal — mas não quando infringe a lei.

Essa situação veio à tona numa reportagem recente do South China Morning Post. Coincidentemente, no Brasil, um caso parecido resultou na prisão de uma pessoa. É importante lembrar que, enquanto a mineração de criptomoedas em si não é ilegal, desviar energia sim é um crime.

Como tudo começou

Em Hong Kong, as suspeitas surgiram quando a internet da instituição ficou lenta. Além disso, a conta de energia disparou, subindo entre 8.000 a 9.000 dólares de Hong Kong, o que equivale a cerca de R$ 5.500 a R$ 6.200. Essa discrepância chamou a atenção das autoridades.

Os policiais descobriram oito máquinas de mineração escondidas em tetos falsos, o que mostra a audácia dos suspeitos. Eles têm 32 e 33 anos e são técnicos em informática, mas seus nomes não foram divulgados. A investigação sugere que essa não é uma prática comum, mas um caso isolado.

As autoridades explicaram que os dois homens, que trabalhavam para uma empresa de engenharia, aproveitaram uma atualização nas instalações em agosto para conectar as máquinas à rede elétrica da instituição. Assim, começaram a minerar criptomoedas de forma irregular.

Os altos custos da mineração

A mineração de Bitcoin requer altos investimentos, principalmente na compra de equipamentos e na conta de energia. Francis Fong Po-kiu mencionou que o processo é demorado e que manter os dispositivos funcionando continuamente gera custos altos, comparando o gasto a deixar o ar-condicionado ligado o dia todo.

Em outras palavras, a conta de energia se torna o principal vilão no orçamento dos mineradores. Por exemplo, uma máquina específica pode custar mais de R$ 2.100 por mês em energia, considerando uma tarifa de R$ 0,80 por kWh. No final, o lucro pode ser de apenas R$ 325, o que leva alguns a correrem o risco da ilegalidade em busca de uma economia.

Em países como a Rússia, a situação é semelhante; as autoridades até apreenderam um caminhão com 95 equipamentos de mineração. Esses casos mostram como a crise dos custos energéticos impacta o mundo das criptomoedas e as soluções que alguns buscam, que, em última instância, acabam por infringir a lei.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo