Preço do Bitcoin sobe 1% e atinge US$ 111 mil novamente
O preço do Bitcoin subiu 1% hoje, alcançando a cotação de US$ 111 mil. Na manhã desta quarta-feira, 3 de setembro de 2025, o BTC está valendo R$ 610.151,93. Os investidores estão esperançosos em transformar esse valor em um suporte sólido, numa tentativa de estabilizar o preço entre US$ 115 mil e US$ 118 mil.
O que impulsionou a alta do Bitcoin hoje?
Um dos principais motivos para essa valorização é o crescente interesse de grandes empresas, que estão acumulando Bitcoin em massa. Atualmente, quase 1 milhão de BTC fazem parte das reservas corporativas. Só esta semana, 19 empresas somaram 6.760 BTC aos seus estoques. Essa movimentação reduz a oferta no mercado e ajuda a impulsionar o preço para cima. Algumas das principais empresas que estão comprando ativamente incluem a MicroStrategy e a Galaxy Digital.
Além disso, já são 228 instituições que adotaram o Bitcoin como parte de suas reservas. Isso evidencia uma mudança no tratamento da moeda, que é cada vez mais vista como uma opção sólida de investimento. Vale ressaltar que as 100 maiores empresas do setor detêm cerca de 5% do total de BTC disponível.
Outro ponto interessante é a análise técnica do Bitcoin. Ele conseguiu se manter acima da média móvel exponencial de 200 dias, estabelecida em US$ 104 mil, que é um suporte crucial. Esse posicionamento ajudou a evitar uma queda mais drástica e atraiu traders que enxergaram uma boa oportunidade a curto prazo. O preço também rompeu a média móvel simples de sete dias, em US$ 109.953, sinalizando uma recuperação. O índice de força relativa (RSI-14) melhorou de 43 para 45,5, indicando um clima otimista.
Apesar de boas notícias, alguns desafios ainda existem. O nível de US$ 113.836 é uma barreira importante, correspondendo ao ponto de Fibonacci de 61,8%. A superação desse patamar pode acionar novas compras e acelerar o movimento de alta.
Panorama macroeconômico do Bitcoin
André Franco, CEO da Boost Research, destaca que os mercados globais estão enfrentando volatilidade, principalmente por conta da preocupação com questões fiscais e pela desaceleração na manufatura dos EUA. Isso está deixando os investidores cautelosos.
As atenções estão voltadas para os próximos dados sobre o setor de serviços na Europa e os índices de emprego nos Estados Unidos. Essas informações serão cruciais para entender a política monetária do Federal Reserve. O dólar, por sua vez, está se fortalecendo em relação ao iene e à libra, enquanto o preço do petróleo se mantém estável. O ouro atingiu uma nova alta, cotado a US$ 3.546,99, o que contribui para um cenário de incerteza que pode redirecionar investimentos para o mercado cripto, tornando o Bitcoin uma alternativa interessante.
Análise técnica do Bitcoin
O analista da Bitunix afirmou que o Bitcoin precisa se manter entre US$ 109.000 e US$ 109.300 para sustentar sua valorização. Um rompimento acima de US$ 114.000 poderia abrir caminho para uma nova alta. Timothy Misir, da BRN, também observou que o sentimento no mercado é de cautela, mas existem pontos de suporte sólidos para o Bitcoin.
Ele menciona que os ETFs (fundos de índice) estão sinalizando um movimento positivo para o BTC, enquanto os tesouros corporativos garantiram a compra de Ethereum (ETH) mesmo durante saídas diárias de fundos. A resistência para o Bitcoin está entre US$ 111,6 mil e US$ 113,6 mil, e, se ultrapassadas, o próximo alvo será entre US$ 115 mil e US$ 118 mil.
Outro detalhe interessante é que há um potencial para uma forte alta no mercado se o preço do Bitcoin chegar a US$ 120 mil, liquidando US$ 13,3 bilhões em posições vendidas, conforme destacou Paulo Aragão do podcast Giro Bitcoin.
O que é Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital que circula e é utilizada de forma eletrônica. Ele opera em uma rede descentralizada, o que significa que não há um controle central, como bancos ou governos.
A quantidade de Bitcoins é limitada a 21 milhões, e ele foi criado em 2009 por um programador ou um grupo de programadores sob o pseudônimo Satoshi Nakamoto. A identidade real de Nakamoto permanece um mistério, com várias teorias surgindo ao longo dos anos.
Um dos pontos mais atrativos do Bitcoin é sua independência. Como não está sujeito a controle de autoridade alguma, as transações são transparentes e registradas em um ledger público chamado Blockchain. Isso garante que qualquer tentativa de fraude ou erro possa ser facilmente detectada.
Os usuários têm total controle sobre suas finanças, podendo realizar transações diretamente entre si através do sistema, sem a necessidade de intermediários. O processo de verificação das transações pode levar alguns minutos, já que a cada bloco gerado na rede, ocorre um lapso médio de 10 minutos.
A volatilidade do mercado e o potencial de lucro fazem do Bitcoin um tema constante de discussão e interesse, tanto para investidores experientes quanto para novatos.