Preço do Bitcoin sobe 1% e chega a US$ 109 mil novamente
Na manhã desta segunda-feira, 1º de setembro de 2025, o preço do Bitcoin (BTC) deu uma leve subida de 1%, alcançando a marca de R$ 597.956,73. Após uma fase de estagnação, a criptomoeda se recuperou, voltando a ser cotada em US$ 109 mil. Porém, o clima no mercado ainda é cauteloso, com os chamados “ursos” (quem aposta na queda dos preços) mantendo forte presença, dificultando uma recuperação mais robusta acima de US$ 110 mil.
Por que o preço do Bitcoin subiu hoje?
O analista Mike Ermolaev, da Outset PR, aponta que o suporte em US$ 100 mil foi fundamental para essa recuperação. Esse nível, que é psicologicamente significativo, evitou vendas em massa e ajudou o Bitcoin a subir das mínimas de US$ 107.444,44, mantendo as negociações acima dos US$ 108.610. Essa defesa ajudou a reduzir o risco para quem está operando com alavancagem, mas os indicadores de mercado ainda estão mistos. O RSI (Índice de Força Relativa) está em 37,82, indicando neutralidade, enquanto o MACD mostra uma pressão de baixa. Para que a tendência positiva se firme, o preço precisa superar de forma consistente a média móvel simples de sete dias, que está em US$ 110.164.
Outro ponto que ajudou a impulsionar o preço foi o aumento na acumulação institucional. Algumas empresas de tecnologia e fundos de investimento decidiram aumentar sua exposição ao Bitcoin, reduzindo a oferta no mercado. A Satsuma Technology, por exemplo, ampliou suas reservas para 1.148,65 BTC, mostrando que a estratégia de tesouraria dela busca segurança em ativos digitais.
Além disso, o ETF Calamos Bitcoin ultrapassou a marca de US$ 4 bilhões em patrimônio. Esse é um sinal de que os instrumentos regulados estão ganhando força. No acumulado do ano, os ETFs de Bitcoin acumulam US$ 55,2 bilhões em entradas, criando uma pressão de compra que compensa a saída de investidores de varejo. Essa movimentação reforça a imagem do BTC como uma reserva de valor a longo prazo.
Esse cenário animou os investidores e diminuiu a relação do Bitcoin com os índices tradicionais de ações. Atualmente, a correlação com o S&P 500 está em -0,12, indicando que o mercado vê a criptomoeda como mais independente em relação ao desempenho da bolsa americana.
Análise Macroeconômica do Bitcoin
André Franco, CEO da Boost Research, ressalta que a abertura dos mercados asiáticos foi mista, com alguns setores sofrendo ajustes técnicos e outros apresentando otimismo em relação à economia e aos avanços em inteligência artificial. O dólar está fraco, o ouro subiu e o petróleo caiu, em meio a um otimismo renovado sobre a postura monetária dos Estados Unidos, que tem quase 90% de chance de cortar juros em setembro. Os investidores estão ansiosos pelos próximos dados de emprego do país.
Franco também menciona que o Bitcoin encontrou um suporte na faixa de US$ 107.550, e a expectativa a curto prazo é otimista. A fraqueza do dólar e a expectativa de cortes de juros devem aumentar o apetite por ativos de risco como o BTC. Ele acredita que o ambiente de liquidez está sólido e que isso pode manter ou até impulsionar o preço do Bitcoin, especialmente se os dados de emprego não bagunçarem essa tendência positiva.
Análise Técnica do Bitcoin
Alex Adle Jr, analista da CryptoQuant, comenta que a faixa de suporte mais próxima é entre US$ 100 a US$ 107 mil, onde alguns índices de preço se cruzam. Se cair abaixo disso, há suporte adicional por volta de US$ 92 a US$ 93 mil, que representa uma defesa crucial para investidores que mantêm suas moedas por um tempo mais longo.
Paulo Aragão, apresentador e criador do podcast Giro Bitcoin, observou algo curioso: as saídas de Bitcoin não estão beneficiando o ouro. Normalmente, quando um sobe, o outro desce. Esse cenário inusitado se deve à incerteza na política monetária, inflação estável e um mercado de trabalho fraco, tornando as coisas complicadas para ativos tangíveis.
Outro analista, Willy Woo, alertou que o sinal de risco está em um nível alarmante, algo que não acontecia desde abril. Tudo isso indica que, nesse momento de mudanças rápidas, a possibilidade de alta pode ser limitada a menos que o preço recupere o controle.
Atualmente, o preço do Bitcoin em 1º de setembro de 2025 é de R$ 597.956,73. Esse valor significa que R$ 1.000 compra 0,0016 BTC e R$ 1 compra 0,0000016 BTC.
As criptomoedas que mais se valorizaram hoje foram Pump.fun (PUMP), Filecoin (FIL) e Official Trump (TRUMP), com altas de 6%, 5% e 3% respectivamente. Já as que enfrentaram as maiores quedas foram Pi Network (PI), Cronos (CRO) e Bonk (BONK), com quedas de -9%, -5% e -4%.
O que é Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital que circula e é utilizada essencialmente de forma eletrônica. Ele funciona em uma rede descentralizada, ou seja, não há uma única entidade, como um banco, que o controle. O total de Bitcoins que podem ser criados é limitado a 21 milhões, o que traz uma exclusividade para a moeda.
O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez em 2009 por um programador ou grupo de programadores anônimos, sob o pseudônimo de Satoshi Nakamoto. Houve muitos rumores sobre a verdadeira identidade de Nakamoto, mas todas as pessoas mencionadas negaram ser ele. Supostamente, Nakamoto seria um homem de 37 anos que vive no Japão, mas muitos questionam essa informação devido ao seu excelente inglês e ao fato de que seu software não foi desenvolvido em japonês.
Para muitos, a grande vantagem do Bitcoin é sua independência em relação a governos, bancos e instituições. Transações em BTC são transparentes e ficam registradas em um grande livro público chamado Blockchain. Isso dá aos usuários controle total sobre suas finanças.
Qualquer tentativa de alterar uma transação em um bloco de dados afetaria todos os blocos subsequentes, o que torna as fraudes mais difíceis. As carteiras de Bitcoin verificam a validade de cada transação, protegidas por assinaturas digitais. É importante lembrar que, dependendo da plataforma de negociação, algumas transações podem levar alguns minutos para serem concluídas. Isso porque o protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.