Receita Federal foca em criptomoedas após operação marcante
A Receita Federal do Brasil (RFB) anunciou nesta segunda-feira (3) um resultado impressionante da Operação Fronteira de 2025. Nela, foi bloqueada a entrada de R$ 160 milhões em mercadorias no país que não tinham o pagamento de impostos em dia. Para se ter uma ideia da grandiosidade dessa ação, a operação do ano passado conseguiu apreender mercadorias avaliadas em R$ 75 milhões, ou seja, o número de apreensões este ano foi mais do que o dobro!
Em uma coletiva de imprensa sobre o fechamento da operação, Robinson Sakiyama Barreirinhas, secretário especial da Receita Federal, fez questão de enfatizar o quanto o trabalho em equipe com outros órgãos é fundamental para enfrentar o crime organizado. Ele mencionou: “A operação de sucesso só pôde ocorrer com o apoio das Forças Armadas, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, entre outros. É com essa integração que conseguiremos vencer o crime organizado.”
Nesta operação, cerca de 400 servidores da Receita Federal trabalharam em conjunto com diversas instituições públicas, abrangendo cinco regiões do Brasil.
O olhar sobre criptomoedas
Um dos principais focos dessa nova edição da operação foi o rastreamento do dinheiro das organizações criminosas. Barreirinhas destacou que as autoridades brasileiras estão focadas em regular as criptomoedas de maneira contundente. Para ele, o rastreamento do dinheiro é ainda mais crucial que a apreensão das mercadorias em si.
Ele explicou: “Estamos convencidos de que, para combater o crime organizado, precisamos atacar seu pilar financeiro, que muitas vezes recorre à lavagem de dinheiro para dar uma aparência legal às suas atividades. Por isso, estamos trabalhando firme na regulamentação do uso de criptomoedas e na criação de uma delegacia para combater fraudes estruturadas.”
Integração nas fiscalizações traz resultados positivos
Raphael Eugênio de Souza, coordenador-geral de Combate ao Contrabando e Descaminho da Receita Federal, falou sobre a relevância do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF). Esse programa, que envolve a atuação de 18 órgãos, busca promover ações conjuntas nas áreas de fronteira e na costa marítima.
Ele disse: “Cada instituição tem sua competência, mas somente ao unirmos nossas forças conseguimos entender a dinâmica das organizações criminosas. A operação pode ter chegado ao fim, mas ela deixa um legado de trabalho integrado.”
O subsecretário de Administração Aduaneira da Receita Federal, Fabiano Coelho, também comentou sobre como os resultados da operação foram impactados pelo aumento da área fiscalizada. “Nas edições anteriores, nosso foco era apenas a fronteira terrestre. Nesta, ampliamos a fiscalização para portos, aeroportos e recintos alfandegados no interior do país. É digno de nota que, graças ao nosso planejamento e trabalho de inteligência, quase 30 pessoas foram presas enquanto um número recorde de mercadorias foi apreendido sem que um único tiro fosse disparado.”
Assim, o que se vê é um esforço contínuo e cada vez mais integrado entre as instituições, que promete trazer mais segurança e transparência nas fronteiras do país.




