Recompensa de US$ 120 mil para hackear Bitcoin, Ethereum e Solana
A Naoris, uma empresa focada em cibersegurança, está com uma proposta interessante: recompensas para quem conseguir quebrar os algoritmos que protegem as redes blockchain. Isso mesmo, a proteção dos ativos digitais está no centro de uma caça ao tesouro no mundo da tecnologia!
Recentemente, a Naoris anunciou uma recompensa de US$ 120.000, um montante que equivale a cerca de um Bitcoin (BTC), para quem conseguir comprometer algoritmos criptográficos essenciais para o setor. A maior parte dessa recompensa, US$ 50.000, é destinada a quem quebrar o secp256k1, o algoritmo que dá suporte ao Bitcoin, Ethereum e outros protocolos importantes. E tem mais: quem desmantelar o Ed25519, que é usado pelo Solana e por aplicativos de mensagens como o WhatsApp, poderá ganhar US$ 30.000.
Os prêmios não param por aí! A Naoris também está oferecendo US$ 20.000 para um ataque ao NIST P-256, que protege o tráfego na internet, além de outros US$ 10.000 para quem conseguir quebrar outras curvas elípticas.
O que aconteceria se a criptografia fosse quebrada?
Essas recompensas são para quem quebrar parâmetros de curvas elípticas. Isso pode parecer algo técnico, mas, em suma, essas curvas são essenciais para a segurança dos sistemas criptográficos que usamos no dia a dia. O impacto de um ataque bem-sucedido seria enorme, comprometendo a segurança de muitos serviços e transações.
Imagine que se o secp256k1 fosse quebrado, o Bitcoin e várias blockchains ficariam vulneráveis. Apesar da tecnologia atual exigir cerca de 10 bilhões de trilhões de anos para quebrar esse algoritmo, a possibilidade de uma ameaça real dos computadores quânticos está na mente de muitos especialistas.
Se alguém conseguisse comprometer o Ed25519, os danos seriam significativos para várias aplicações de segurança digital. O mesmo vale para o NIST P-224, que, embora seja usado frequentemente em sistemas mais antigos, pode ser facilmente quebrado.
A espada quântica de Dâmocles paira sobre a cabeça do Bitcoin
Embora a ideia de computadores quânticos rompendo a criptografia moderna pareça distante, muitos especialistas acham que é uma questão de tempo. Além disso, já estão surgindo iniciativas no ecossistema de criptomoedas para se preparar para esse desafio. O Bitcoin, por exemplo, já está dando os primeiros passos com propostas que visam atualizar os sistemas de segurança.
O impacto de um ataque quântico ao Bitcoin seria devastador. Como apontou uma recente proposta, não só o preço das criptomoedas seria afetado, como a segurança oferecida pelos mineradores também estaria em risco. Adam Back, uma figura reconhecida no universo do Bitcoin, alertou que a ameaça quântica poderia até expor a identidade de Satoshi Nakamoto, caso ele ainda esteja vivo. Afinal, se a criptografia fosse comprometida, poderia ser necessário mover os Bitcoins para salvaguardá-los.
Alguns pesquisadores estão buscando soluções mais abrangentes, que possam proteger diferentes blockchains sem a necessidade de mudanças complexas. Por exemplo, a Sui Research apresentou uma nova estrutura que poderia proteger contra ameaças quânticas em blockchains compatíveis, embora isso ainda não inclua Bitcoin e Ethereum.
São discussões e inovações que mostram um lado dinâmico desse setor tão envolvente, com a constante interação entre progresso tecnológico e segurança digital.