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Regras da CVM podem aprimorar ETFs de criptomoedas no Brasil

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) trouxe novidades que podem dar um empurrãozinho na liquidez dos ETFs de criptomoedas no Brasil. No dia 18 de julho, um novo documento foi emitido para todos os gestores e administradores de fundos de investimento, prometendo desbloquear oportunidades interessantes para o mercado.

Assinado por Marco Antônio Velloso De Sousa, que é responsável pela supervisão de investidores institucionais da CVM, o documento foi inspirado por diversos pedidos de informações recebidos da técnica. O objetivo é alinhar o que temos no Brasil com as melhores práticas de outros países. Segundo a CVM, isso trará benefícios, como redução de custos operacionais e uma maior capacidade de inovar nas estratégias de investimento.

Grande parte do volume negociado diariamente em ETFs na B3, a bolsa de valores brasileira, está ligado ao mercado de criptomoedas. Temos por aqui produtos populares relacionados a grandes nomes como o Bitcoin e Ethereum.

Regras da CVM e o mercado de ETFs de criptomoedas

As novas diretrizes da CVM abrem portas para a criação de novos produtos e para a melhoria dos que já existem no nosso mercado financeiro. Um exemplo é o HASH11, que é um dos ETFs mais negociados na B3.

Com a nova interpretação das regras, a operação dos ETFs pode sofrer uma mudança positiva. Agora, empresas do mesmo grupo econômico da gestora do ETF podem agir como formadoras de mercado. Isso significa maior liquidez, já que mais entidades poderão garantir que os investidores sempre encontrem ordens de compra e venda das cotas. Uma forma de resolver o problema da baixa liquidez nas negociações.

Adicionalmente, a CVM também permite que o provedor do índice replicado pelo fundo esteja relacionado à gestora, mas com algumas precauções. As empresas precisam estabelecer barreiras claras para evitar conflitos de interesse. Essa flexibilização pode reduzir os custos de criação e manutenção dos fundos, ampliando as opções de investimentos disponíveis no mercado de criptomoedas.

BDRs: Acesso facilitado a produtos globais

Outro assunto quente na área de investimentos é o painel “Internacionalize os seus investimentos”, que ocorreu na Arena B3 durante a Expert XP 2025. O painel trouxe à tona a importância dos BDRs, ou Recibos Depositários Brasileiros, no acesso a ativos dolarizados.

Os BDRs permitem que investidores brasileiros comprem ações de grandes empresas internacionais — como Google e Apple — sem todas aquelas complicações de abrir conta no exterior. O superintendente de Relacionamento Comercial da B3, João Morbim, destacou que comprar BDRs é uma forma prática de diversificar os investimentos, cuidando ainda das variações cambiais e da tributação.

Desde 2020, os BDRs estão disponíveis para o investidor pessoa física e já atraíram mais de um milhão de investidores, movimentando R$ 50,5 bilhões em negociações em 2025. Eles funcionam como recibos que representam frações de ações de empresas listadas fora do Brasil, tudo isso emitido por instituições depositárias no país.

Atualmente, a B3 oferece mais de 1.090 opções de BDRs. Desse total, 830 são não patrocinados e 260 são BDRs de ETFs que seguem índices internacionais, trazendo mais opções e praticidade para quem quer diversificar seus investimentos de maneira simples. Com apenas uma conta em uma corretora, você pode investir em BDRs e se tornar dono de um pedacinho das maiores empresas do mundo.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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