A Ripple, em colaboração com a VERT Capital, está prestes a dar um grande passo no mercado de criptomoedas. Eles anunciaram um projeto ambicioso: levantar até R$ 1 bilhão em tokens RWA, que são lastreados em recebíveis do INSS. O objetivo? Conectar grandes investidores a um tipo de ativo considerado um dos mais seguros e estáveis do Brasil.
Recentemente, a VERT Capital lançou sua plataforma de crédito estruturado dentro da tecnologia XRP Ledger (XRPL). Após três meses desse lançamento, eles já conseguiram finalizar a sua segunda operação tokenizada. Esta novidade é relevante, já que representa o primeiro FIDC tokenizado do país com recebíveis provenientes de aposentadorias públicas, ou seja, do governo.
Mas você deve estar se perguntando como tudo isso funciona. A ideia é simples: cada token que é emitido representa uma fração das obrigações de pagamento do governo federal aos aposentados e pensionistas. Isso proporciona um fluxo de caixa previsível, garantido por uma entidade pública, o que traz mais segurança e transparência para os investidores.
Atualmente, o fundo conta com mais de R$ 200 milhões em patrimônio. E a expectativa é rápida e otimista: a meta é chegar até os R$ 1 bilhão, especialmente com o aumento da demanda por ativos digitais que estejam dentro das normas regulatórias.
Ripple no mercado de tokens RWA
A operação da Ripple aproveita a estrutura da XRPL EVM Sidechain, que permite registrar tudo — desde eventos e documentos até pagamentos — de forma direta na blockchain. Isso não só reduz possíveis falhas operacionais, mas também automiza auditorias e assegura conformidade com as regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Um dos pontos altos dessa operação é o VERT Sign, um sistema de formalização digital que utiliza blockchain. Com esse sistema, as assinaturas manuais são trocadas por assinaturas digitais que podem ser verificadas facilmente. Isso torna a execução de contratos e a compra de recebíveis muito mais seguras, sem depender de intermediários.
Gabriel Braga, diretor de ativos digitais da VERT, enfatiza que a tokenização é o futuro da infraestrutura financeira. Segundo ele, estão transformando instrumentos financeiros em ativos que dão para ser auditados e programados em tempo real.
Regulação e inovação
Esta iniciativa também faz parte do programa LEAP, que é uma pesquisa regulatória da CVM. Esse programa traz empresas do setor para realizar testes controlados. No contexto do projeto, Ripple e VERT mostram como uma exchange DEX, que é nativa do XRPL, pode funcionar como uma infraestrutura pública e segura para a negociação de valores mobiliários digitais.
Para Silvio Pegado, diretor-geral da Ripple na América Latina, o Brasil se destaca por equilibrar inovação e conformidade. Ele afirma que o país está mostrando que é viável unir tecnologia e regulação, criando um modelo que pode ser replicado em outras partes do mundo.
A VERT Capital já possui um histórico considerável, com mais de 390 operações de crédito estruturado realizadas, totalizando R$ 104 bilhões emitidos e R$ 69 bilhões sob gestão. É impressionante como o setor de criptomoedas está avançando por aqui, não é mesmo?
