A Rooftop, uma startup inovadora que está mudando o jogo no setor imobiliário, acaba de dar um passo importante na sua trajetória. A empresa iniciou uma nova estratégia para levantar até R$ 15 milhões, seguindo o que a regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) permite para investidores qualificados e não qualificados.
Atualmente, a Rooftop já lançou uma oferta pública de R$ 1,5 milhão, em parceria com o MB | Mercado Bitcoin, a maior plataforma de ativos digitais da América Latina. Essa movimentação é parecida com uma operação de venture debt, que combina capital e um retorno dependente do desempenho da empresa. O valor arrecadado será utilizado para expandir o modelo de microfranquias, com a meta de atingir cerca de 200 municípios brasileiros até 2025.
A proposta da Rooftop é totalmente alinhada com as exigências da CVM, garantindo que a captação seja não apenas viável, mas também segura do ponto de vista jurídico e operacional. A ideia é que essa oferta inicial seja apenas o começo, com um plano maior em andamento que respeita o intervalo obrigatório de 120 dias entre as ofertas públicas, conforme a legislação.
Desde que foi fundada em 2020, a Rooftop já movimentou mais de R$ 300 milhões em suas operações. No último ano, o volume de captação foi de R$ 70 milhões, e a empresa projeta alcançar R$ 120 milhões até o final de 2025, com uma meta audaciosa de R$ 200 milhões nos 12 meses seguintes, suficiente para financiar o crescimento por meio das microfranquias.
A captação acontece por meio de uma oferta pública de distribuição de valores mobiliários que são tokenizados. Isso significa que os investidores podem participar a partir de um valor mínimo de R$ 1 mil, o que torna o acesso ao investimento menos restrito em comparação com operações similares.
Daniel Gava, fundador e CEO da Rooftop, vê esse movimento como um ponto de virada na trajetória da empresa. Ele explica que esta rodada de captação será uma ponte entre seu modelo inicial e o que vem a ser uma seed round maior no futuro. O objetivo é validar vários pontos operacionais antes de buscar uma rodada de investimento mais robusta.
Livia Calandra, da equipe de Startups do MB, detalha que o modelo tokenizado é direcionado a quem acredita no potencial da Rooftop. Os investidores que optarem por essa modalidade poderão ver sua remuneração baseada na receita bruta da empresa.
O retorno pode ser bastante atrativo, com uma alavancagem de até 2,8x antes de quatro anos, resultando numa taxa interna de retorno (TIR) de 30% ao ano. Se a Rooftop apresentar resultados antes do prazo, existe a possibilidade de liquidar a operação antecipadamente.
Os recursos arrecadados serão direcionados para fortalecer a equipe, aumentar o marketing e acelerar o canal de microfranquias, que hoje é responsável pelo HomeCash, o principal produto da empresa. Os franqueados investirão a partir de R$ 24.900 e poderão ter retornos mensais de até R$ 50 mil em menos de dois anos, graças a um modelo de comissões que facilita um bom desempenho mesmo com poucos contratos.
De acordo com Gava, o sucesso da Rooftop não depende de grandes volumes, mas sim de transações bem estruturadas. O modelo permite que os franqueados usem seu networking local para acessar recursos de fundos e instrumentos do mercado financeiro de forma mais eficiente através da plataforma.
Dessa maneira, a Rooftop continua a se firmar no mercado imobiliário brasileiro, oferecendo aos investidores uma oportunidade única de se envolver em um modelo de negócios inovador e promissor.
