Um grupo de senadores do Partido Democrata, liderado por Elizabeth Warren, está buscando respostas do Departamento de Justiça americano sobre a Binance, uma das maiores corretoras de criptomoedas do mundo. Essa pressão vem após um acordo judicial firmado em 2023, onde a Binance admitiu ter cometido crimes relacionados à negligência em políticas de combate à lavagem de dinheiro e concordou em pagar uma indenização de US$ 4,3 bilhões.
No dia 17 de setembro, Warren e outros dois senadores mandaram uma carta para a procuradora-geral Pam Bondi. Nela, eles pedem esclarecimentos sobre se a Binance está cumprindo os “requisitos em andamento” do acordo judicial. Apesar de o Departamento de Justiça ter afirmado que a Binance pagou todas as penalidades, os senadores questionam se as melhorias em compliance — acordadas na negociação — estão sendo implementadas de fato. No documento, eles ressaltam que a resposta recebida não confirmou se a corretora está em conformidade com as obrigações estabelecidas.
Rumores sobre o fim do monitoramento
Os senadores citam que a motivação para a nova carta está ligada a rumores de que o Departamento de Justiça pode ter retirado a exigência de que a Binance mantenha um monitoramento de compliance, cuja duração era de três anos. Quando a corretora fez o acordo, ficou estabelecido que deveriam ser implementados dois monitores: um vinculado ao DOJ e outro à FinCEN, a rede de combate a crimes financeiros do governo americano.
Enquanto o monitoramento do Tesouro continua ativo, a supervisão do Departamento de Justiça pode estar próxima do fim. Se isso se confirmar, a Binance terá que apresentar medidas adicionais, como relatórios mais rigorosos sobre compliance. A situação continua em atenção, e os senadores estão determinados a obter mais clareza sobre o tema.
