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Stablecoins apresentam alta contínua por 22 meses consecutivos

O mercado de stablecoins atravessou um momento marcante em julho, alcançando impressionantes 22 meses seguidos de crescimento em sua capitalização total. Um estudo da CoinDesk Data revelou que o setor chegou a US$ 261 bilhões, com um aumento mensal de 4,87%. Este cenário não só reflete a expansão contínua das moedas digitais, mas também o maior período de crescimento desde que essas moedas começaram a ganhar destaque no mercado.

Apesar do aumento expressivo em números, a participação das stablecoins no mercado caiu para 6,64%. Isso se deve, em parte, ao forte desempenho de criptomoedas como o Bitcoin, que vem atraindo investidores e ocupando um espaço cada vez maior. Essa situação revela que, mesmo em expansão, as stablecoins estão competindo com outras criptomoedas que são utilizadas tanto como reserva de valor quanto como meio de pagamento, especialmente por empresas.

O volume de negociação das stablecoins em corretoras centralizadas também acompanhou essa alta, alcançando US$ 1,68 trilhão no mesmo período. Essa cifra mostra que a liquidez do setor continua robusta, mesmo diante da valorização acelerada de criptomoedas mais voláteis.

Atualmente, o Tether (USDT) se mantém como a stablecoin mais importante do mercado, com uma capitalização de US$ 164 bilhões. Apesar disso, alternativas como USDC e USDe estão ganhando espaço.

Stablecoins em alta

Um bom exemplo de destaque no setor é o USDe, da Ethena Labs, que cresceu impressionantes 43,5% em julho, atingindo US$ 7,6 bilhões em valor de mercado. Mesmo com a queda na taxa de rendimento do staking — que caiu de 20% para 9,79% — o token tem atraído muitos usuários, graças à sua resistência à censura e à escalabilidade do protocolo. Além disso, a Ethena iniciou um programa de recompra de US$ 260 milhões em seus tokens ENA, o que aumentou ainda mais a confiança dos investidores.

Outro ponto a se destacar é o USDf, da Falcon Finance, que avançou 121% e entrou na lista das dez maiores stablecoins, com uma capitalização de US$ 1,07 bilhão. Além de manter paridade com o dólar, o USDf promete oferecer rendimento estável em ativos on-chain, além de planos para incluir resgates em ouro e outros ativos reais nos próximos dois anos.

A rede Tron também se destacou nesse cenário, consolidando-se como uma das principais plataformas de stablecoins. Atualmente, mais de 50% do suprimento total de USDT está hospedado na Tron, elevando a capitalização total das stablecoins na rede a um novo recorde de US$ 81,9 bilhões.

Genius Act

Curiosamente, mesmo as stablecoins não atreladas ao dólar estão mostrando um desempenho significativo. A capitalização dessas moedas superou pela primeira vez US$ 1 bilhão, evidenciando a diversificação no uso de criptomoedas ligadas a outras moedas, como euro e iene. Entre os protocolos descentralizados, o Sky Dollar (USDS) ultrapassou o tradicional DAI em capitalização, alcançando US$ 4,87 bilhões, tudo isso devido a um rendimento mais atraente, que chega a 7% ao ano, em comparação com os 2% do DAI.

Esse crescimento do USDS é acompanhado de uma migração significativa de liquidez nas exchanges centralizadas. Além disso, o ambiente regulatório nos EUA tem propiciado um avanço nas stablecoins. A recente aprovação do GENIUS Act trouxe mais segurança jurídica para emissores e usuários, promovendo novos produtos de pagamento internacionais e parcerias com grandes bancos, como o BNY Mellon e o Citigroup, que solidificam a confiança institucional no setor.

Informações como essas ajudam a entender para onde as criptomoedas estão caminhando e como o mercado se adapta e evolui.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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