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Stablecoins impulsionam turismo e remessas com isenção de IOF

Após conquistar o coração dos brasileiros, as stablecoins estão ganhando cada vez mais espaço entre turistas, nômades digitais e imigrantes que visitam o Brasil. De acordo com dados do Banco Central, elas são responsáveis por 90% das operações com criptoativos na nossa terra.

Um número impressionante se destacou: entre janeiro e junho de 2025, R$ 48 bilhões em Tether (USDT), a principal stablecoin do mercado, circularam por aqui. Esse volume representa um crescimento de 78,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo a plataforma Biscoint Monitor, do Bitybank. Essa tendência global de uso de moedas digitais para remessas e pagamentos mostra que o Brasil se tornou um dos epicentros dessa revolução no universo financeiro.

O Impacto das Stablecoins no Turismo

O Bitybank destaca que o uso de stablecoins no setor de turismo não é à toa. Seu funcionamento simples, os custos menores e a liquidação imediata fazem delas uma escolha muito atrativa. Com as stablecoins, tanto empresas quanto viajantes conseguem evitar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 3,5%, que incide sobre transações tradicionais, e se livrar da burocracia e das longas esperas dos bancos.

Para aproveitar essa onda, a Truther, uma carteira de autocustódia criada pela SmartPay, lançou versões do seu aplicativo em inglês e espanhol. O foco é claro: atender os turistas que desembarcam no Brasil. “Facilitar o uso de ativos digitais é nossa missão. Queremos trazer essa liberdade e autonomia também para quem está de passagem por aqui”, destaca Rocelo Lopes, CEO da SmartPay.

Outra novidade é o Bity Payments, do Bitybank. Com ele, empresas podem enviar valores em reais e os parceiros recebem em stablecoins, tornando as transações mais eficientes.

O Papel do IOF nas Transações

O Bitybank tem foco particular no mercado de remessas, especialmente após as mudanças recentes no IOF. Isso porque, ao eliminar intermediários e usar stablecoins, as transações podem ser mais rápidas e econômicas. Um exemplo citado foi um cliente que conseguiu gerar mais de US$ 1 milhão em receita líquida usando essa tecnologia.

Ainda segundo a analista de criptoativos Sarah Uska, a procura por alternativas mais modernas e seguras aos sistemas tradicionais é o que tem impulsionado o avanço das stablecoins. As empresas que adiantam o passo nesse sentido estão moldando um novo padrão de pagamentos internacionais.

A Revolução nas Transações Internacionais

As transações internacionais via sistemas convencionais, como o SWIFT, ainda enfrentam muitos obstáculos. Lentidão, burocracia e custos adicionais, incluindo o IOF, podem afetar a competitividade e o fluxo de caixa das empresas. Com as stablecoins, as transações que antes levavam dias podem ser concluídas em minutos, 24 horas por dia, até mesmo nos finais de semana.

A Conduit, uma empresa americana que conecta sistemas como Pix, Fedwire e SEPA por meio de stablecoins, já movimentou mais de US$ 10 bilhões em 2024. Com transações médias de US$ 300 mil, a empresa vê um futuro promissor no Brasil para 2025, focando no modelo B2B.

As discussões sobre IOF e as dificuldades do câmbio não são novidades, mas agora temos uma alternativa acessível e segura. Conforme Sofia Düesberg, general manager da Conduit no Brasil, “as stablecoins representam um passo lógico em direção a um sistema mais simples e menos sujeito a surpresas”.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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