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Tether lança stablecoin USAT no mercado brasileiro

A Tether anunciou o lançamento de um novo stablecoin, o USAT, que será lastreado em dólar. Ao mesmo tempo, a empresa confirmou a nomeação de Bo Hines como CEO da nova divisão. Hines, que já atuou como assessor de criptomoedas na Casa Branca durante a administração Trump, traz uma bagagem interessante para essa nova fase.

Esse movimento é mais do que uma novidade no mercado. É um sinal de que a Tether está se adaptando às novas exigências regulatórias dos Estados Unidos. E, sem dúvida, isso também reforça a predominância do dólar no mundo digital.

USAT será lastreado em ativos do tesouro americano

De acordo com o comunicado divulgado recentemente, o USAT seguirá todas as normas de reserva e conformidade estabelecidas pelo recém-aprovado GENIUS Act, que regula os stablecoins nos EUA. Para isso, a Tether usará a plataforma Hadron, que tokeniza ativos do mundo real, garantindo que os tokens sejam emitidos com total transparência e respaldo em títulos do Tesouro americano.

É um momento muito promissor, especialmente considerando que o valor total dos stablecoins em circulação já ultrapassou US$ 270 bilhões, segundo dados recentes.

Bo Hines assume liderança da Tether USAT

Após sua saída do White House Crypto Council, Bo Hines chega à Tether em um momento de grande discussão sobre o papel dos stablecoins. O ex-assessor fará parte de uma equipe que busca criar diretrizes sólidas para o futuro das criptomoedas nos Estados Unidos. Curiosamente, sua saída do conselho aconteceu poucos dias após a publicação do relatório “Strengthening American Leadership in Digital Financial Technology”, que delineia como a política nacional sobre criptoativos deve avançar.

Com a ascensão de Hines, a Tether parece pronta para expandir ainda mais suas operações e influenciar o debate sobre como os stablecoins podem ser utilizados como instrumentos de política monetária.

Stablecoins e a disputa pelo poder global do dólar

As autoridades dos EUA têm enfatizado que o fortalecimento dos stablecoins pode consolidar a hegemonia do dólar em nível global. O secretário do Tesouro, por exemplo, já mencionou que os tokens vinculados ao dólar são vitais para manter a moeda americana como referência mundial, facilitando sua acessibilidade por meio de plataformas digitais.

Os stablecoins, ao se lastrearem em dívidas do governo, ajudam a aumentar o número de investidores em dólar e oferecem ao Tesouro maior capacidade de resposta às pressões inflacionárias. Contudo, essa estratégia não é unânime e tem gerado críticas, especialmente de outras potências.

Enquanto isso, Hong Kong está indo na direção oposta, criando novas regulamentações para atrair bancos e instituições que queiram lançar stablecoins atrelados ao yuan. Essa disputa pela influência monetária no ambiente digital promete esquentar nos próximos anos.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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