Trump cogita demissão de presidente do Fed, recua em seguida
Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, gerou polêmica ao supostamente escrever uma carta para demitir Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, o nosso Fed, solicitando a opinião de parlamentares da sua equipe em uma reunião fechada. Esse assunto foi amplamente comentado pela imprensa local, incluindo o famoso The New York Times.
Mas, oh, parece que na quarta-feira ele resolveu dar uma esfriada na situação. Durante uma coletiva de imprensa, Trump criticou Powell novamente, mas, desta vez, disse que não tem planos imediatos para demiti-lo — embora tenha mencionado possíveis substitutos para o cargo.
Trump critica cortes de juros de Powell
Nos últimos meses, Trump tem pressionado Powell e outros membros do Fed para que voltem a mexer nas taxas de juros. Ele chegou a sugerir que o Banco Central americano deveria realizar um corte de 1% em junho. Mas na coletiva, ele foi mais ousado e disse que o Fed deveria cortar 3%, deixando a taxa entre 1,25% e 1,5%.
Trump não hesitou em criticar Powell: “Ele está atrasado. Sempre esteve. A Europa já cortou juros várias vezes e nós não fazemos isso.”
Ele também insinuou que a única vez que Powell reduziu a taxa foi pouco antes das últimas eleições, numa tentativa de ajudar os democratas. A crítica foi clara: “Parece que ele estava cortando juros para Kamala ou Biden, mas isso não adiantou.”
Por outro lado, Trump fez questão de apontar que o trabalho do Fed, sob comando de Powell, está custando aos americanos cerca de US$ 1 trilhão em juros por ano. Mesmo assim, ele declarou que, por enquanto, não pretende demitir Powell, mas deixou no ar que está “muito preocupado” com a situação.
É bom lembrar que o Fed é um órgão independente, então as falas de Trump não influenciam diretamente suas políticas monetárias. Além disso, ele mencionou que terá a oportunidade de escolher um novo presidente para o Fed em alguns meses.
Quando questionado sobre candidatos, Trump citou nomes como Scott Bessent, atual secretário do Tesouro, e Kevin Hassett, que é o diretor do Conselho Econômico Nacional.
Possíveis mudanças no Fed e suas consequências
O mandato de Jerome Powell como presidente do Fed vai até maio de 2026. Mesmo que ele faça ameaças sobre demissões, essas declarações podem ser vistas com ceticismo pelo mercado financeiro. Na verdade, é provável que Powell não se demita por pressão externa.
Uma mudança na presidência do Fed pode impactar diretamente o Bitcoin. A ideia é que uma taxa de juros menor incentive os investidores a buscarem ativos de maior risco, como as criptomoedas, em vez de se prenderem à renda fixa. Assim, muitos analistas acreditam que o valor do Bitcoin pode subir antes mesmo de maio, à medida que os investidores começam a se posicionar com a expectativa de uma possível saída de Powell.