O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está no meio de um embate judicial curioso com o jornal New York Times. Ele moveu um processo de difamação de impressionantes US$ 15 bilhões, alegando que a publicação feriu a reputação de sua memecoin, um token que lançou na plataforma Solana.
Na ação, protocolada na última segunda-feira em um tribunal federal na Flórida, o ex-presidente afirma que quatro repórteres do Times publicaram informações erradas e maliciosas sobre ele. Essas reportagens teriam causado perdas significativas em sua marca, propriedades e negócios. Um dos pontos destacados no processo indica que a reputação do projeto de memecoin de Trump foi especialmente afetada pela cobertura do jornal entre os moradores da Flórida.
Curiosamente, a ação não menciona outros empreendimentos digitais de Trump, incluindo a World Liberty Financial, a plataforma cripto da sua família, que também pode ter sentido os efeitos dessa suposta difamação.
Livro Controverso e Timing Suspeito
A defesa de Trump alega que a publicação de um livro por dois dos repórteres mencionados acompanhou a estreia do trailer da série “The Apprentice”. Essa coincidência, segundo ele, teria causado uma queda abrupta nas ações do Trump Media & Technology Group. Essa empresa, que administra a rede social Truth Social, fez investimentos consideráveis em cripto nos últimos meses.
Vale lembrar que tanto o livro quanto os artigos questionados foram divulgados no outono de 2024, antes do lançamento da memecoin de Trump em janeiro deste ano. Nos primeiros momentos, o token alcançou uma impressionante avaliação de mais de US$ 73 bilhões, mas logo sofreu um colapso, desvalorizando mais de 88% e caindo para cerca de US$ 8,6 bilhões.
Engana-se quem pensa que a situação financeira de Trump piorou após essa queda. Na verdade, sua riqueza aumentou desde que reassumiu a presidência, principalmente por conta dos negócios relacionados a criptomoedas. Recentemente, ele e seus filhos viram seu patrimônio líquido subir cerca de US$ 6 bilhões com a negociação do WLFI, um token que serve como governança para a World Liberty.
O processo contra o New York Times foi registrado apenas algumas horas após o jornal publicar uma investigação que ligava os negócios da World Liberty a um acordo lucrativo entre o governo dos Estados Unidos e os Emirados Árabes Unidos relacionado a chips de IA, um setor altamente cobiçado.
Informações como essas aparecem frequentemente no cenário dinâmico das criptomoedas e da política. O andamento desse caso promete ser tão intrigante quanto os próprios negócios de Trump.
