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Venda em setembro pressiona Bitcoin e eleva risco de nova mínima

O Bitcoin vive um momento de tensão no mercado, tendo caído recentemente abaixo dos US$ 111.500. Essa queda acontece em um ponto crítico, testando uma zona de demanda importante, que vai de US$ 110.700 a US$ 113.200. Se a situação não melhorar rapidamente, há o risco de perder um suporte significativo, a média móvel exponencial de 50 dias, caso o preço se mantenha abaixo de US$ 113.200.

No último domingo, durante a sessão asiática, o Bitcoin eliminou a liquidez entre US$ 115.000 e US$ 114.000. Embora uma leve recuperação tenha sido observada após um corte nos juros do Federal Reserve — levando o preço até US$ 117.500 — essa alta não conseguiu se sustentar, resultando na correção atual.

O que está acontecendo no mercado?

Apesar dessa recente queda, a tendência geral do mercado ainda parece favorável. Dados da CryptoQuant mostram que os investidores têm comprado de forma agressiva durante esses momentos difíceis. O Coinbase Premium Index, por exemplo, está fortemente positivo, sugerindo que a demanda no mercado spot dos Estados Unidos tem agido como um suporte contra uma queda mais acentuada.

Informações on-chain também reforçam essa ideia. O pesquisador Axel Adler Jr. destacou que, no último mês, a demanda total chegou a impressionantes 95.800 BTC. Isso mostra que, mesmo com as oscilações, a acumulação de moedas continua, mantendo o preço perto do topo da faixa mais recente.

Vale ressaltar que durante essa correção, aproximadamente US$ 280 milhões em posições futuras foram liquidadas. Isso retirou um excesso de alavancagem que existia devido ao movimento de alta que levou o preço de US$ 107.000 a US$ 117.500 em setembro. Com a alavancagem ajustada, o mercado pode estar pronto para seguir em frente de maneira mais saudável, desde que a demanda se mantenha.

Níveis de preço do Bitcoin a observar

Atualmente, o Bitcoin está ligeiramente abaixo de US$ 113.000, e três níveis de preço são cruciais. A zona de demanda entre US$ 110.700 e US$ 113.200 é a primeira a ser observada. Um repique forte dessa área poderia confirmar que a recente queda foi, na verdade, uma limpeza de posições especulativas.

O analista Dom mencionou que os mercados futuros passaram por uma das maiores liquidações de long nos últimos meses, com quase 80% concentrados na Bybit. Eventos assim costumam mudar as condições do mercado, criando espaço para um movimento de alta mais claro. Se a recuperação acontecer rapidamente, o Bitcoin pode buscar retornar acima de US$ 117.000 em breve.

Por outro lado, se essa recuperação for lenta, o Bitcoin pode descer para níveis mais baixos, como US$ 107.200. O BTC já se movimentou dentro de intervalos anteriores antes de retomar uma tendência mais forte. Importante lembrar que mais de US$ 3 bilhões em posições long ainda estão expostas nesse nível, aumentando a chance de uma busca por liquidez antes de qualquer reversão de alta.

Por fim, vale notar que setembro historicamente tende a ser um mês mais fraco para o Bitcoin. Portanto, essa situação pode ser vista como um ajuste de curto prazo, com um impulso de alta mais forte esperado para o quarto trimestre.

O cenário menos favorável seria uma queda prolongada abaixo de US$ 107.200, com a possibilidade de se estender até US$ 100.000. Isso sinalizaria uma mudança estrutural do mercado para uma fase de baixa, podendo indicar o esgotamento do ciclo atual.

Esse risco é reforçado por dados da Glassnode, que aponta que o custo médio dos detentores de curto prazo está próximo de US$ 111.400. Dessa forma, uma manutenção abaixo desse nível poderia consolidar uma transição para uma estrutura de baixa a médio e longo prazo.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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