Wall Street observa BTC enquanto gestora arrecada bilhões
A Capital Group, uma das gestoras de fundos mútuos mais tradicionais, está em destaque no mundo das criptomoedas. Com 94 anos de história, essa empresa conseguiu transformar um investimento de US$ 1 bilhão em impressionantes US$ 6 bilhões. Mas, ao invés de comprar Bitcoin diretamente, eles optaram por um caminho diferente: investir em empresas que possuem o ativo em seus balanços — as chamadas “tesourarias de Bitcoin”.
Investimentos Estrategicamente Planejados
Liderada por Mark Casey, que tem 25 anos de experiência na empresa, a estratégia deles é bem interessante. Em uma conversa com Andreessen Horowitz, Casey não hesitou em chamar o Bitcoin de “uma das coisas mais incríveis já criadas”, reafirmando sua visão de longo prazo sobre a criptomoeda. O grande acerto da Capital Group aconteceu em 2021, quando o fundo adquiriu US$ 500 milhões em ações da MicroStrategy. Essa empresa, inicialmente focada em software, se tornou um verdadeiro veículo de exposição ao Bitcoin sob a liderança de Michael Saylor. Vale destacar que, no auge desse investimento, sua participação chegou a mais de US$ 6,2 bilhões, após um aumento de mais de 2.200% nas ações em cinco anos.
Outros investimentos, como os feitos na Marathon Digital e na japonesa Metaplanet, ampliaram ainda mais a presença do fundo no ecossistema do BTC. Essa abordagem é semelhante à forma como as instituições costumam lidar com commodities, como ouro e petróleo: o foco está na escassez e na demanda, sem a necessidade de possuir o ativo fisicamente.
Tesourarias de BTC em Crescimento
As tesourarias corporativas tornaram o Bitcoin ainda mais atraente. De acordo com o site BitcoinTreasuries.net, empresas já acumulam mais de 1 milhão de BTC, com um valor total que ultrapassa os US$ 117 bilhões. A MicroStrategy está na liderança, com 636.505 BTC em seu portfólio, enquanto a Marathon Digital possui 52.000 BTC. Novos nomes, como XXI e Bitcoin Standard Treasury, também estão avançando rapidamente nessa corrida.
Além disso, companhias como a Semler Scientific e Metaplanet anunciaram planos ambiciosos para acumular centenas de milhares de BTC até 2027. Para as instituições, essas tesourarias oferecem uma forma regulamentada de se expor ao Bitcoin, minimizando os riscos associados à custódia.
Para os investidores comuns e profissionais, ver uma lista crescente de empresas públicas com BTC se tornou um termômetro do grau de adoção global da criptomoeda.
Touros Miram em US$ 119,5 mil
No cenário técnico, o Bitcoin está se estabilizando após romper um canal descendente que dominou o final de agosto. Atualmente, o preço se consolida logo abaixo da resistência entre US$ 116.000 e US$ 116.750, uma área reforçada pela média móvel exponencial de 50 dias, que está em US$ 114.402. Se o preço romper essa faixa, pode sinalizar uma alta em direção a US$ 119.500, um nível que, historicamente, sugere a continuidade de uma tendência de alta.
Os indicadores de momento estão favoráveis. O RSI (Índice de Força Relativa) está próximo dos 55, sem sinais de sobrecompra. Os candles recentes mostram padrões de indecisão, combinando com topos ascendentes, o que geralmente antecipa movimentos de continuidade.
Se os compradores conseguirem um controle claro, especialmente com um candle engolfo de alta acima de US$ 116.750, os alvos podem se estender a US$ 122.200 e até US$ 124.500.
Se a situação girar para o lado negativo, uma perda do suporte em US$ 114.400 pode levar a um recuo em direção a US$ 112.000 ou até US$ 108.250. Para traders, a estratégia clara é comprar durante quedas em torno de US$ 114.500, estabelecendo paradas de proteção abaixo de US$ 112.000. Para investidores de longo prazo, uma alta sustentada acima de US$ 119.500 pode ser o sinal para uma nova onda de valorização, preparando o terreno para um possível teste em US$ 130.000 nos próximos trimestres.