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10% do ETH já está bloqueado em ETFs e tesourarias

A procura por Ethereum (ETH) está em alta, e isso não é por acaso. Recentemente, a demanda institucional por esse ativo quase dobrou, atingindo um marco impressionante de mais de 12,5 milhões de ETH em posse de fundos negociados em bolsa (ETFs) e empresas que atuam no mercado de criptomoedas. Para você ter uma ideia, esse número representa cerca de 10% da oferta circulante do ativo. Isso levanta uma nova interrogação: será que estamos prestes a ver uma escassez de oferta?

De 3% a 10%: a ascensão institucional do ETH

Em abril, as instituições detinham aproximadamente 4 milhões de ETH, ou seja, menos de 3% da oferta total. E em um período de apenas seis meses, esse montante triplicou! Essa migração rápida de capital para produtos regulamentados que expõem os investidores ao Ethereum mostra como a rede está amadurecendo. Hoje em dia, ela é a principal plataforma para ativos tokenizados, stablecoins e aplicações descentralizadas (dApps).

E as estatísticas não param por aí. O ecossistema Ethereum abriga mais de US$ 365 bilhões em ativos de usuários, o que demonstra um fortalecimento de seus fundamentos. O token ETH, no momento, é negociado a um múltiplo de 1,45 vezes em relação ao valor total bloqueado, uma métrica que mostra a robustez da sua estrutura.

ETFs de ETH já acumulam quase 7 milhões de tokens

Os ETFs que investem em Ethereum acumulam 6,92 milhões de ETH, o que equivale a impressionantes US$ 30,76 bilhões. Esses ativos estão distribuídos entre nove produtos de oito gestoras, mas a concentração de investimentos é significativa. A BlackRock, por exemplo, lidera com 4 milhões de ETH, representando mais da metade do total.

Mesmo com as flutuações do mercado, a procura institucional continua alta, com fluxos líquidos positivos superando US$ 15 bilhões desde o lançamento desses ETFs.

Tesourarias corporativas de cripto somam mais de 5,6 milhões de ETH

As empresas de tesouraria digital, conhecidas como DATCOs, também têm um papel crescente no acúmulo de Ethereum. Elas controlam, hoje, mais de 5,6 milhões de ETH, totalizando cerca de US$ 25,19 bilhões. Essa concentração é a segunda maior no mercado, só perdendo para o Bitcoin.

O aumento nas compras aconteceu principalmente em julho e agosto, mas mesmo com uma desaceleração no ritmo, empresas como a BitMine Immersion Tech se destacam, controlando 2,83 milhões de ETH, o que representa 2,34% de toda a oferta do Ethereum.

Polêmica: o papel do capital varejista asiático

Apesar do clima otimista que reina entre as instituições, alguns críticos apontam que a crescente concentração de ativos pode ser influenciada por investidores de varejo, especialmente na Coreia do Sul. Estima-se que esses investidores tenham injetado cerca de US$ 6 bilhões em empresas que seguem a “tese estratégica” do Ethereum. Essa situação gera discussões sobre a natureza do atual ciclo de alta: seria realmente sustentado por instituições de longo prazo ou por capitais especulativos?

O que um ‘supply squeeze’ de ETH pode significar

Com uma parte significativa dos ETH fora de circulação – seja por staking, contratos inteligentes ou ETFs –, o mercado já começa a considerar o impacto de uma possível escassez estrutural de oferta. Diferente do Bitcoin, que tem uma emissão controlada, o Ethereum apresenta uma dinâmica que torna seu supply mais fluido.

Se essa tendência de retenção continuar, a combinação de uma demanda crescente com uma oferta restrita pode puxar os preços do ETH para novas alturas. O cenário se torna ainda mais positivo com o aumento da popularidade dos ETFs e o contínuo crescimento da tokenização institucional.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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