Há uma grande expectativa no mercado de criptomoedas, com pelo menos 92 produtos negociados em bolsa (ETPs) esperando uma decisão da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, a SEC. Entre os criptoativos que mais chamam a atenção estão o Solana (SOL) e o XRP, com o SOL tendo oito pedidos de ETF pendentes e o XRP sete. Esses dados foram revelados por James Seyffart, analista de ETFs da Bloomberg Intelligence.
Eric Balchunas, um dos analistas sêniores da Bloomberg, já havia apontado que em abril eram 72 ETFs relacionados a criptomoedas aguardando aprovação. Ou seja, 20 novos pedidos surgiram apenas nos últimos quatro meses. Entre esses, três ETFs estão focados em oferecer exposição ao Bitcoin (BTC) e ao Ether (ETH), enquanto o restante mira outras altcoins.
Na lista de pedidos também estão empresas como a 21Shares e a Grayscale, que estão buscando liberar seus ETFs de staking de Ether. Recentemente, a SEC deixou claro que certas atividades de staking líquido não estão sob sua supervisão, o que pode impactar esses pedidos. Além disso, a Grayscale está em processo de conversão de cinco de seus trusts em ETFs, o que inclui fundos que dão acesso ao Litecoin, Solana, Dogecoin, XRP e Avalanche.
“Olhem para todos esses registros de ETFs de cripto… É isso que quero dizer com os ‘portões dos ETFs de cripto prestes a se abrir’”, compartilhou Nate Geraci, presidente da NovaDius Wealth Management. A expectativa é que o aumento no número de ETFs liberados impulsione o mercado, mas, como disseram analistas da Bitfinex, as altcoins podem não ver uma alta significativa até que mais ETFs sejam aprovados.
BlackRock domina a categoria
No panorama dos ETFs de cripto, a BlackRock é a grande protagonista. Seu fundo de Bitcoin, o ETF iShares Bitcoin Trust (IBIT), registrou uma entrada líquida de impressionantes US$ 58,28 bilhões desde seu lançamento, enquanto o ETF iShares Ethereum Trust (ETHA) acumulou US$ 13,12 bilhões. Um estudo recente comprovou que o ETHA pode ultrapassar a Coinbase e se tornar o maior detentor de ETH.
Atualmente, o IBIT da BlackRock já possui mais de 3% do total disponível de Bitcoin. E o mais interessante é que a empresa está ganhando mais em taxas anuais com o IBIT do que com seu fundo tradicional do S&P. A taxa de administração do IBIT é de 0,25%, enquanto a do iShares Core S&P 500 ETF (IVV) é bem mais baixa, apenas 0,03%.
Essas movimentações demonstram como o mercado de ETFs de criptomoedas está se aquecendo e como grandes players estão se posicionando para aproveitar as oportunidades que surgem nesse espaço.
