O Bitcoin atingiu um momento significativo na sua trajetória nessa segunda-feira (17): 95% de todo o seu fornecimento máximo já foi minerado. Para quem não está tão familiarizado com o assunto, isso significa que ao menos 19,95 milhões de BTC já estão em circulação, sobrando pouco mais de 1 milhão de unidades para serem mineradas ao longo das próximas décadas.
A rede do Bitcoin tem um cronograma de emissão bem definido. A cada 210 mil blocos minerados, que acontece aproximadamente a cada quatro anos, ocorre um evento chamado halving. Esse processo diminui pela metade a recompensa que os mineradores recebem por seu trabalho, controlando a quantidade de novos bitcoins que entram no mercado.
Recentemente, em 20 de abril de 2024, houve o último halving. Com isso, a recompensa por bloco caiu de 6,25 BTC para 3,125 BTC. E, a partir de 2028, essa recompensa deve diminuir ainda mais, para apenas 1,562 BTC por bloco. Por isso, mesmo que 5% da oferta total de bitcoins ainda reste, a mineração desses últimos bitcoins não vai acontecer rapidamente. A emissão vai diminuindo consideravelmente a cada ciclo.
É interessante olhar para a dinâmica de emissão do Bitcoin, pois ela é fundamental para sua economia. Após o halving de 2024, a taxa de crescimento anual da oferta já caiu para menos de 1% e essa tendência deve continuar, com os últimos satoshis — que são as menores unidades de bitcoin — sendo minerados por volta do ano 2140.
Essa previsibilidade e escassez programada são pontos que diferenciam o Bitcoin de moedas tradicionais e o tornam um ativo valioso. Economistas da área, como Thomas Perfumo, ressaltam que esses fatores ajudam o Bitcoin a se firmar como uma reserva de valor, uma proteção contra a inflação e uma peça importante em portfólios diversificados.
Acompanhar esses movimentos pode ser bem útil, principalmente para quem está pensando em investir ou entender melhor como funciona esse universo das criptomoedas.
