Bitcoin atinge nova máxima de US$ 118 mil e liquida ursos
O mercado de criptomoedas pinta um cenário animado, alcançando incríveis US$ 3,69 trilhões, com uma alta de 6,4% nesta sexta-feira. O Bitcoin, a estrela da vez, estava sendo negociado por cerca de US$ 118,1 mil, mostrando uma valorização de 6,3% e ocupando 65,9% do mercado. Os investidores estão com um sentimento de ganância em alta, atingindo 67%, enquanto algumas altcoins chegaram a subir até 175%.
Esse rali do Bitcoin teve tudo a ver com o desempenho positivo do S&P 500 e do Nasdaq, que também alcançaram novas máximas. O S&P 500 terminou o dia com 6.280,46 pontos (+0,27%) e o Nasdaq com 20.630,66 pontos (+0,094%). É importante notar que os movimentos do Bitcoin geralmente se correlacionam com os desses índices.
O otimismo no mercado se impulsionou ainda mais após dados animadores do Departamento do Trabalho dos Estados Unidos. A redução nos pedidos de auxílio-desemprego, que caiu para 227 mil na semana encerrada em 4 de julho, bem abaixo das expectativas de 235 mil, foi um bom indicativo do fortalecimento do mercado de trabalho. Isso ajudou a aliviar os temores de uma recessão próxima, favorecendo o setor de criptomoedas.
O Bitcoin também ignorou anúncios sobre novas tarifas de importação, que entrarão em vigor em 1º de agosto, divulgadas pelo ex-presidente Donald Trump. Ele impôs uma alíquota de 50% sobre produtos do Brasil, como uma resposta a um caso envolvendo o STF e Jair Bolsonaro. Apesar do impacto local, essa nova política tarifária não parece ter causado alvoroço no mercado, diferentemente do que aconteceu em abril, quando as tarifas anteriores foram anunciadas.
Steve Sosnick, um analista da Interactive Brokers, comentou que o mercado está desprezando essas notícias sobre tarifas, esperando que possam ser renegociadas ou adiadas. Para ele, a atenção dos investidores só mudará quando essas tarifas se tornarem uma realidade.
No mercado de Futuros de criptomoedas, o Interesse Aberto estava em alta, alcançando US$ 178,74 bilhões, com um volume de negociações de US$ 460,4 bilhões, o que representa um crescimento de 52,5%. As liquidações de traders que usam alavancagem chegaram a US$ 1,29 bilhão, mostrando que muitos investidores perderam em suas vendas a descoberto. Com a valorização do BTC, os ursos do mercado, que apostam na queda, saíram “golpeados”.
Mesmo com as boas notícias, o Volatility Index (VIX), que mede a ansiedade do mercado, subiu para 17,11 (+7,3%). Por outro lado, ETFs de Bitcoin e Ethereum estão recebendo uma pressão compradora forte, com entradas líquidas de US$ 1,18 bilhão e US$ 383,10 milhões, refletindo o apetite dos investidores por estas criptomoedas.
O índice de altseason, que monitora as 100 maiores altcoins, subiu de 27 para 30, indicando uma movimentação de capital entre os tokens. Entre as mil maiores altcoins, várias mostraram valorização significativa, como o XLM, cotado a US$ 0,32 (+9,3%), e o KAS, a US$ 0,089 (+9,9%). Outros tokens, como o ENR e o GRT, também apresentaram altas expressivas.
Além disso, novas moedas estão surgindo em exchanges, como SHROOMY e PEPEONTRON, que já estão disponíveis em várias plataformas de negociação.
No dia anterior, algumas criptomoedas chegaram a disparar até 180%, impulsionadas pela nova máxima do Bitcoin, mesmo com as tarifas elevadas anunciadas. O mercado de criptomoedas segue em movimento, e os investidores estão atentos às possibilidades que essa volatilidade pode trazer.