O Bitcoin tem vivido uma verdadeira montanha-russa nos últimos dias, alcançando novas máximas históricas. Desde o dia 9 de julho, quando ultrapassou a resistência de US$ 110.500, a moeda virtual não parou de impressionar. Os analistas, como Arthur Driessen da Crypto Investidor, já indicavam um movimento positivo, e agora o preço do Bitcoin está flertando com os US$ 120.000, especialmente durante a “Semana Cripto” que acontece nos Estados Unidos.
Recentemente, o Bitcoin chegou à marca de US$ 123.220, um salto de 4,4% em relação ao fechamento da semana anterior. Esse desempenho é notável, se considerarmos que está ligado também a um dólar enfraquecido. Uma análise do perfil de finanças The Kobeissi Letter no X apontou que o Bitcoin viu um crescimento de 55% desde suas mínimas em abril, enquanto o dólar sofreu a sua pior queda desde 1973. Essa conexão entre as duas moedas levanta questões sobre a função do Bitcoin como um ativo de proteção, assim como o ouro, em tempos de crise.
Entretanto, as incertezas na política comercial dos EUA, especialmente durante o governo Donald Trump, não ajudam muito. Recentes tarifas, que vão de 30% a 50% sobre diversos produtos, deixaram os mercados agitados. Isso tem efeito direto sobre moedas como o euro e o real, aumentando a volatilidade.
Por outro lado, a “Semana Cripto” promete trazer algumas novidades benéficas para o mercado. Um dos objetivos dos debates e votações em pauta é criar um ambiente regulatório mais claro, o que pode ajudar a fortalecer os preços e fomentar a inovação no setor.
Rumores sobre a possível renúncia de Jerome Powell, presidente do Banco Central dos EUA, em meio à pressão para redução das taxas de juros, também estão circulando. As chances de uma queda na reunião do Comitê Federal são pequenas, mas ainda assim se espera que haja cortes até o fim do ano.
Uma divulgação importante está prevista para o dia 15 de julho: os índices de preços ao consumidor e aos produtores nos Estados Unidos. Esses números ajudarão a entender melhor o impacto das tarifas comerciais sobre a inflação.
Análise de preço do Bitcoin
Na segunda-feira, ao abrir os mercados em Wall Street, o Bitcoin apresentou uma leve queda, sugerindo que pode estar se preparando para um período de consolidação. Arthur Driessen acredita que, no curto prazo, a moeda deve se estabilizar entre US$ 110.000 e o topo atual.
Essa pausa após uma alta significativa é algo considerado saudável, pois pode ser um sinal de que o Bitcoin está iniciando um novo ciclo de crescimento. O analista destaca que, após romper a resistência, uma nova faixa de suporte se formou entre US$ 110.000 e US$ 112.000, e, se mantida, deve permitir que o preço continue sua trajetória de alta.
As projeções indicam que, caso novas máximas sejam alcançadas, elas podem ficar entre US$ 150.000 e US$ 170.000, marcando um potencial pico desse ciclo de alta.
Historicamente, o mês de julho costuma ser favorável para o mercado de criptomoedas, especialmente na primeira quinzena. Portanto, acompanhar o desenrolar desses acontecimentos pode ser uma ótima oportunidade para quem está no jogo.
