O Bitcoin está vivendo um momento tenso, com grandes investidores, conhecidos como baleias, realizando lucros, enquanto investidores de longo prazo observam de perto. Essa dinâmica, apontada em um relatório recente, deve influenciar o mercado pelos próximos meses. Depois de tocar a incrível marca de US$ 122,8 mil em 14 de julho, o valor do Bitcoin começou a cair, aguardando novos fatores que possam impulsionar a alta novamente.
A CryptoQuant, empresa que analisa dados de blockchain, revelou que esta é a terceira grande onda de realização de lucros pelas baleias desde meados de 2024. Sean Dawson, que lidera a pesquisa na plataforma Derive, comentou que tanto investidores antigos quanto novos estão retirando seus lucros nesse período.
Nos mercados cripto, essas baleias são os investidores que possuem grandes quantidades de ativos, e suas movimentações podem afetar bastante o preço do Bitcoin.
Mineradores também entraram na onda de vendas
Além das baleias, os mineradores também estão fazendo suas vendas. Apenas após o Bitcoin atingir seu recorde histórico, eles venderam cerca de 15 mil BTC. Dawson notou que o volume e a magnitude dessas transações indicam que muitas instituições, que devem estar satisfeitas com os resultados, estão procurando reduzir riscos em um terceiro trimestre que pode ser complicado.
Esse movimento de “resfriamento” é algo normal em mercados em alta que amadurecem. Historicamente, o terceiro trimestre é conhecido por apresentar retornos medianos mais modestos, um padrão que, segundo Dawson, parece se manter. Ele também observou que muitos traders de opções estão se preparando para enfrentar meses desafiadores, comprando opções de venda nas faixas de US$ 80 mil, US$ 95 mil e US$ 100 mil para os próximos dois meses. Esses profissionais esperam uma correção de preço entre 10% e 30% em breve.
Por outro lado, Charles Edwards, fundador do Capriole Fund, expressou uma perspectiva mais otimista. Ele acredita que o Bitcoin está “subvalorizado” com base em um modelo que relaciona seu valor à energia usada em sua mineração. Esse modelo aponta que o ativo está sendo negociado a preços muito abaixo do que realmente vale.
A CryptoQuant sugere que, após um período de correção, o Bitcoin pode entrar em uma nova fase de acumulação, abrindo caminho para um recuo. Históricamente, o quarto trimestre tem brindado os investidores com os maiores ganhos, com um retorno médio de 52%.
