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Tether reporta lucro de US$ 4,9 bilhões no segundo trimestre

A Tether revelou um trimestre bem positivo, acompanhando o crescimento das stablecoins em um cenário de maior clareza regulatória nos Estados Unidos. A empresa anunciou um lucro de US$ 4,9 bilhões no segundo trimestre de 2025, marcando uma impressionante alta de 277% em relação ao mesmo período do ano passado.

A Tether é a responsável pela criação do USDt (USDT), uma stablecoin vinculada ao dólar americano e garantida por títulos do Tesouro dos EUA, além de outros ativos em caixa. Dados da plataforma DefiLlama mostram que o USDT continua a ser o líder absoluto entre as stablecoins, representando 61,7% do valor total desse mercado, com uma impressionante capitalização de US$ 164,5 bilhões.

Em termos de ativos, a Tether informou que, até 30 de junho, possuía US$ 162,6 bilhões em ativos e US$ 157,1 bilhões em passivos, a maior parte relacionada à emissão de tokens. Durante esse trimestre, a empresa também aumentou sua participação em títulos do Tesouro dos EUA, alcançando US$ 127 bilhões, o que a posicionou como a 18ª maior detentora desses títulos.

Nos primeiros seis meses de 2025, o lucro total da Tether foi de US$ 5,7 bilhões, um crescimento de 9,6% se comparado aos US$ 5,2 bilhões do mesmo período em 2024. Esse fortalecimento vem em um momento em que, através da Lei GENIUS, legisladores americanos buscam solidificar a liderança global do dólar em formato digital.

Movimentações dos Concorrentes da Tether

Os concorrentes da Tether também estão se movimentando. A Circle, que lançou o USDC, realizou uma oferta pública inicial (IPO) em junho de 2025. As ações da empresa começaram a negociação a US$ 31 e dispararam, atingindo atualmente US$ 186,83.

Outra novidade foi a gigante do setor financeiro PayPal, que anunciou um rendimento de 3,7% sobre sua stablecoin em abril de 2025. Além disso, a World Liberty Financial — uma das iniciativas cripto ligadas ao ex-presidente Donald Trump — lançou sua própria stablecoin e injetou US$ 10 milhões na Falcon Finance para desenvolver infraestrutura em blockchain para esses tokens.

Recentemente, Trump sancionou a Lei GENIUS, a primeira legislação destinada a regular stablecoins e seus emissores nos Estados Unidos. Em um alerta, Jürgen Schaaf, conselheiro do Banco Central Europeu, mencionou que a União Europeia corre o risco de aumentar a dominância do dólar caso não estabeleça regras comuns para essas moedas estáveis. Em resposta, instituições como o Deutsche Bank, Galaxy e Flow Traders lançaram uma stablecoin lastreada em euro na blockchain da Ethereum, mostrando que o cenário das criptomoedas está em constante evolução.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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