Bancos e instituições controlam narrativas sobre criptomoedas
Instituições financeiras tradicionais estão cada vez mais se envolvendo com o mundo das criptomoedas. Segundo Arthur Azizov, fundador da B2 Ventures, essa mudança é uma oportunidade para essas instituições aproveitarem as novas tendências do setor. Ele comentou que o atual ciclo de mercado tem sido dominado por investidores institucionais, como fundos negociados em bolsa (ETFs), além de governos e emissoras de stablecoins.
Azizov acredita que os grandes bancos devem acelerar essa movimentação logo que receberem diretrizes claras sobre como operar no universo das criptos. Para ele, a implementação de criptomoedas nas operações bancárias será um processo simples, uma vez que essas instituições já possuem uma sólida base de clientes fiéis.
Com essa evolução, Azizov prevê que o cenário competitivo se tornará mais desafiador para pequenas startups. A crescente presença de bancos e investidores institucionais no setor cripto está gerando uma tensão com os cypherpunks, que defendem a descentralização completa do sistema financeiro. Essa disputa entre o tradicional e o inovador é um reflexo do que está acontecendo no mundo das finanças.
O papel dos governos na regulamentação das criptomoedas
Os governos também têm um papel crucial nesse processo. Eles buscam regulamentar as criptomoedas não apenas por estarem se tornando populares, mas também para atrair novas empresas e talentos nesse cenário. Azizov destaca que essa regulamentação pode ser um motor econômico poderoso, incentivando a inovação e a criação de startups de fintech.
Com o aumento das regulamentações, a atenção se volta para regras de combate à lavagem de dinheiro (AML) e os requisitos de Conheça Seu Cliente (KYC). Essas exigências já são comuns em muitos aplicativos de criptomoedas na região da Ásia-Pacífico e na Europa, e há expectativas de que os Estados Unidos sigam essa tendência.
Por outro lado, essa abordagem de vigilância e registro de contas pode ir contra o que as finanças descentralizadas (DeFi) propõem, que é oferecer acesso a um sistema financeiro sem as amarras tradicionais. É uma dicotomia que reflete as dificuldades que o setor enfrenta ao tentar equilibrar inovação e regulamentação.