A SharpLink Gaming, uma empresa de jogos online conhecida por ter a segunda maior reserva corporativa de Ether, acaba de divulgar resultados preocupantes. No segundo trimestre de 2025, a companhia registrou um prejuízo líquido de US$ 103 milhões. Para se ter uma ideia, esse número é um salto enorme se comparado ao prejuízo de apenas US$ 500 mil no mesmo período do ano passado. Isso representa uma queda impressionante de quase 26 mil por cento.
De acordo com o que foi divulgado na última sexta-feira, a SharpLink possui atualmente 728.804 Ether (ETH), que valem cerca de US$ 3,5 bilhões. O único concorrente que detém mais Ether no mercado é a BitMine Immersion Technologies, que tem um pouco mais de 1,15 milhão de ETH avaliados em aproximadamente US$ 5,1 bilhões.
Desses US$ 103 milhões de prejuízo, cerca de US$ 87,8 milhões, ou seja, 85%, estão relacionados ao LsETH da empresa. Um representante da SharpLink esclareceu que a companhia manteve todos os seus LsETH e que essa desvalorização refere-se a regras contábeis, e não à venda ou perda real da moeda. Segundo ele, o LsETH é tratado como um ativo intangível digital, registrado pelo custo e sujeito a desvalorizações.
A questão de como esses ativos são contabilizados nos Estados Unidos é definida pelas normas conhecidas como US GAAP. A SharpLink declarou uma receita de US$ 700 mil nesse mesmo trimestre, mas a notícia não foi bem recebida pelos investidores, que viram as ações caírem 12,58% na Nasdaq logo após a divulgação dos resultados.
Empresas com tesouraria em Ether podem impulsionar um ‘verão DeFi’
Nos últimos tempos, empresas que armazenam Ether e fundos negociados em bolsa (ETFs) têm mostrado um papel significativo na pressão de compra do ETH. Novas projeções de preços estão começando a circular pelo mercado e são bem otimistas.
O Standard Chartered, por exemplo, acredita que o preço do Ethereum pode alcançar US$ 7.500 até o final de 2025. Já a empresa Fundstrat é ainda mais ousada e estima um preço de US$ 15.000 para o ativo dentro do mesmo período.
Vivek Raman, da Etherealize, comenta que essa competição entre empresas que acumula Ether pode aquecer ainda mais o mercado de finanças descentralizadas, promovendo assim um possível ‘verão DeFi’ 2.0 em escala institucional.
E vale a pena lembrar que o Ether já vem apresentando uma valorização interessante desde a atualização Pectra, que ocorreu em maio. Naquela época, o ETH estava cotado a cerca de US$ 1.811. Agora, na hora da publicação, o ativo atingiu US$ 4.382, marcando um salto de 142% nesse meio tempo.
