China pode liberar stablecoins do yuan para fortalecer a moeda
A China está considerando uma nova estratégia para fortalecer sua moeda local, o yuan, no comércio internacional. A ideia é criar stablecoins, que são criptomoedas atreladas a ativos reais, como o próprio yuan. Essa informação foi divulgada pela agência de notícias Reuters, que conversou com fontes do governo sob anonimato.
Os líderes do Conselho de Estado, que é o principal órgão administrativo do país, devem analisar em breve um plano para impulsionar o yuan. Este plano incluirá as diretrizes para a criação dessas stablecoins. Além disso, a cúpula de líderes do país vai discutir a internacionalização do yuan e quais usos práticos essas novas moedas digitais poderão ter.
Vale lembrar que a participação do yuan em pagamentos globais caiu para 2,88% em junho, o que representa o patamar mais baixo em dois anos, segundo a plataforma de pagamentos SWIFT. Isso mostra o desafio que a moeda enfrenta no cenário econômico mundial. O Banco Popular da China (PBOC) terá a responsabilidade de implementar essas novas diretrizes, e mais detalhes devem ser revelados durante a Cúpula da Organização para Cooperação de Xangai, que vai ocorrer de 31 de agosto a 1º de setembro em Tianjin.
Se esse movimento se concretizar, pode sinalizar uma aproximação da China com o universo das criptomoedas. Desde 2021, o país havia proibido instituições financeiras e empresas de pagamento de realizarem transações em criptomoedas e até mesmo declarou que essas transações são ilegais. Para completar, a China vinha reprimindo atividades de mineração de Bitcoin, área na qual era líder.
A movimentação é significativa e pode mudar a forma como o yuan é visto internacionalmente, especialmente em um cenário em que o Bitcoin e outras criptomoedas estão cada vez mais em evidência como ativos de risco.