Olaf Carlson-Wee nasceu em Minnesota, nos Estados Unidos, e se destacou como um dos pioneiros no mundo do Bitcoin e das criptomoedas. Antes de conquistar sua fortuna, ele trabalhou como lenhador e, em um impulso por mudança, entrou para a Coinbase, uma das exchanges de criptomoedas mais conhecidas. Hoje, ele é milionário e investe pesado no futuro das moedas digitais.
A história de Olaf começou em 2011, quando, ainda estudante na Vassar College, ele decidiu escrever sua tese sobre criptomoedas. Na época, quase ninguém sabia o que era Bitcoin. “Meus professores eram céticos. Bitcoin era algo que ninguém conhecia”, recorda Olaf em uma entrevista. Crescendo em um ambiente de vida simples, com os pais pastores luteranos, ele se dedicou a buscar informações sobre tecnologia e economia que estavam além do seu cotidiano, que girava em torno de igreja e esportes.
Ele ingressou na faculdade no início da crise financeira de 2008, um momento em que muitas pessoas questionavam a confiabilidade dos sistemas financeiros tradicionais. Isso despertou seu interesse por alternativas, como o Bitcoin. “Compreendi que, ao reescrever o sistema econômico por meio de software, haveria uma potencial transferência de riqueza de elites tradicionais para o mundo das criptomoedas”, explica.
De lenhador a funcionário da Coinbase
Depois de se formar, Olaf passou um tempo viajando. Ele não queria fazer parte do sistema convencional de trabalho e acabou como lenhador em uma pequena comunidade no estado de Washington, onde cortava madeira para aquecimento. Nesses meses em contato com a natureza, ele se aprofundou em suas reflexões sobre criptomoedas e decidiu que queria se dedicar a essa área.
Foi assim que ele mandou um e-mail para a Coinbase, oferecendo seus serviços. O que começou com um simples contato se transformou em uma oportunidade: Olaf tornou-se o primeiro funcionário da exchange em 2013, ocupando o cargo de suporte ao cliente. Durante três anos, recebeu seu salário, cerca de US$ 50 mil por ano, em Bitcoin.
Em seu período na Coinbase, ele viu o valor do Bitcoin crescer de US$ 13 para cerca de US$ 1.000 em 2016. A mudança de vida foi significativa. Para conseguir o trabalho, ele teve que preparar duas apresentações, uma sobre algo que dominava e outra sobre sua visão para a Coinbase. Ele falou sobre “a indução farmacológica de sonhos lúcidos” e destacou a importância de garantir segurança para os usuários da plataforma, prevenindo ataques cibernéticos.
Um novo capítulo com Polychain Capital
Em 2016, Olaf decidiu sair da Coinbase para fundar a Polychain Capital, um dos primeiros fundos de hedge focado em criptomoedas, direto de seu apartamento em São Francisco. O fundo atraiu investimentos de nomes de peso, como Fred Ehrsam, cofundador da Coinbase, e grandes empresas de capital de risco. O Polychain já investiu em startups conhecidas no mundo das criptomoedas, entre elas a rede social baseada em blockchain BitClout.
O trabalho que Olaf realiza com o Polychain Capital cresceu e, em 2018, ele entrou para a lista “30 Under 30” da Forbes, sendo reconhecido por sua atuação inovadora. Hoje, seu fundo administra cerca de US$ 2,6 bilhões, provando que a paixão por criptomoedas pode transformar vidas.
Essa jornada de Olaf nos mostra que, com dedicação e visão, é possível desenhar um novo futuro, mesmo vindo de origens tão distantes.
