As Filipinas estão chamando a atenção, não apenas pelo turismo, mas agora também como um novo destaque no mundo das criptomoedas. Recentemente, o congressista local Miguel Luis Villafuerte apresentou uma ideia audaciosa: criar uma reserva nacional de Bitcoin. Isso mesmo! No dia 30 de junho, ele colocou na mesa a proposta que pode mudar o jogo econômico do país.
O Projeto de Lei nº 421 sugere que o Banco Central das Filipinas (BSP) compre 2.000 BTC todo ano durante cinco anos. Assim, o país estaria segurando impressionantes 10.000 Bitcoins ao longo de 20 anos. O objetivo? Aumentar a estabilidade financeira e promover o crescimento econômico das Filipinas.
A proposta de reserva estratégica de Bitcoin
O projeto, batizado como “Lei da Reserva Estratégica de Bitcoin”, foi apresentado na Primeira Sessão Regular do Vigésimo Congresso do país. O congressista defende que essa iniciativa é fundamental para garantir um futuro econômico mais seguro e saudável. Villafuerte ainda menciona que, nos últimos cinco anos, o Bitcoin teve um crescimento médio de 40% ao ano, reforçando sua escolha como ativo.
Além de destacar a importância do ativo, ele cita o reconhecimento do Bitcoin como um “ouro digital” por especialistas ao redor do mundo. Isso é um forte indicativo de confiança, não é mesmo?
Regras de gestão e venda
O projeto também não deixa brechas. Ele estabelece regras claras para administrar esses Bitcoins. Durante os primeiros 20 anos, o governo só poderá vender ou usar os Bitcoins para um propósito específico: pagar a dívida pública do país. Depois desse período, as vendas serão limitadas a 10% do total a cada dois anos, permitindo uma liberação controlada dos ativos.
Villafuerte argumenta que isso é vital, já que a dívida soberana das Filipinas estava em 16,09 trilhões de pesos filipinos, o que dá cerca de US$ 283 bilhões em novembro de 2024. A proposta alinha as Filipinas a uma tendência global, onde outros países como El Salvador, Brasil, Suíça e China também estão considerando ou já adotaram o Bitcoin como uma forma de reserva de valor.
Inovações e medidas de segurança
Mas não para por aí! O projeto prevê a criação de uma rede descentralizada para armazenamento dos Bitcoins em cold storage, distribuídos por várias ilhas do arquipélago, minimizando os riscos. Também será necessário um sistema trimestral de auditoria, tipo “Prova de Reservas”, com auditorias independentes para garantir transparência e a integridade do que for mantido em custódia.
Se tudo isso for aprovado, as Filipinas podem se tornar um dos maiores países detentores de criptomoedas no mundo. É uma abordagem ousada que não só diversifica suas reservas internacionais, mas também aposta no futuro do Bitcoin como um pilar fundamental para a segurança financeira da nação.
