A Polícia Federal (PF) deu início à Operação Decrypted, na terça-feira (26), para investigar um grupo criminoso que é acusado de roubar cerca de US$ 2,6 milhões (aproximadamente R$ 14 milhões) em criptomoedas de uma exchange nos Estados Unidos. A operação aconteceu em colaboração com a Homeland Security Investigations (HSI), uma agência americana que atua no combate a crimes internacionais.
Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em diversos locais, incluindo Imperatriz e João Lisboa, no Maranhão, além de Palmas, em Tocantins, e Goiânia, em Goiás. Essas ordens foram autorizadas pela Justiça Federal.
As investigações começaram a partir de informações recebidas pela HSI em Nova York. Durante um ano de apurações, a PF identificou brasileiros que estariam envolvidos no furto e na lavagem de dinheiro relacionados a essa fraude. A própria PF informou que a Força-Tarefa El Dorado, unidade da HSI, passou dados sobre transações suspeitas, ligadas a contas de brasileiros.
Um dos pontos destacados nas apurações é a movimentação financeira dos investigados. A PF notou que os valores recebidos por eles de prestadoras de serviços de ativos virtuais (PSAVs) eram desproporcionais às suas capacidades econômicas, o que levantou suspeitas.
A maioria dos suspeitos está ligada ao Maranhão, que parece ser o núcleo das operações criminosas. Agora, a polícia está focada em rastrear os recursos desviados e identificar todos os beneficiários dessa fraude. Até o momento, o nome da exchange envolvida não foi revelado.
