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Hacker preso por ameaçar youtuber Felca recebia criptomoedas.

Após ser preso por suspeita de ameaçar o youtuber Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, o hacker Cayo Lucas Rodrigues dos Santos negou que tivesse feito as ameaças. O que chamou a atenção foi o depoimento dele à Polícia Civil, onde confessou invadir sistemas do governo e vender dados de forma irregular. Nesse esquema, ele disse que recebia pagamentos em criptomoedas.

Cayo entregou detalhes incríveis sobre suas atividades criminosas. Ele revelou que conseguiu arrecadar mais de R$ 500 mil em criptomoedas com essas invasões. A Polícia Civil de São Paulo o prendeu em Olinda, pois ele estava supostamente enviando e-mails com ameaças a Felca, que havia publicado vídeos denunciando casos de exploração e abuso de crianças na internet.

Em seu relato, o hacker mencionou que fraudes incluíam acessos a sistemas como o “Polícia Ágil”, que pertence à Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, e o “CadSUS” do governo federal, além de outros. Ele afirmou que oferecia uma variedade de serviços ilegais, como a emissão e revogação de mandados de prisão, ou a inclusão de dívidas no Serasa.

### Hacker que ameaçou Felca recebia pagamentos em criptomoedas

Cayo detalhou que sua principal fonte de renda era a retirada de mandados de prisão do Banco Nacional de Monitoramento de Prisões, cobrando cerca de R$ 15 mil por cada alvará. Ele disse ter expedido mais de 50 ordens desse tipo. Além disso, também oferecia a exclusão do nome de pessoas dos registros do BNMP por R$ 3 mil.

O hacker também revelou como conseguiu acesso às contas de juízes, ultrapassando até a autenticação em dois fatores. Ele vendia bases de dados pelo Telegram por valores que chegavam a R$ 50 mil. Para receber os pagamentos, Cayo não hackeava bancos, mas usava “laranjas” para transferir valores em contas de terceiros, ficando com 80% do montante, enquanto os intermediários ficavam com 20%.

Ele mencionou que costumava receber pagamentos em criptomoedas, acumulando cerca de R$ 500 mil em ativos digitais, que foram apreendidos pela polícia em junho de 2025. Durante a prisão, outro suspeito, Paulo Vinicios Oliveira Barbosa, também foi preso. Ele tinha o sistema da SDS aberto em seu computador e, segundo Cayo, fazia consultas de dados, cobrando cerca de R$ 20 por acesso.

A Polícia Civil está investigando Cayo e Paulo por suas possíveis ligações na venda de credenciais para acessar sistemas de segurança em todo o Brasil, além de informações sigilosas. A investigação também abrange casos de exploração sexual de crianças e adolescentes, que estão relacionados às ameaças feitas a Felca no dia 16 de agosto.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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