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Brasil se destaca no cenário global de criptomoedas

O Brasil deu um passo importante no cenário das criptomoedas e, segundo um relatório recente da Chainalysis, agora ocupa a 5ª posição no mundo em adoção de criptoativos. Esse ranking levou em conta não apenas o volume de transações, mas também como essas movimentações impactam a vida da população.

A pesquisa analisou 151 países e colocou Índia, Estados Unidos, Paquistão e Vietnã nas primeiras posições. O Brasil, surpreendendo até mesmo grandes economias como Reino Unido e Nigéria, se destaca como um polo dinâmico da criptoeconomia. Os indicadores usados para o ranking envolvem quatro aspectos principais: o valor recebido em serviços centralizados, transações no varejo, uso de protocolos DeFi e a atuação de investidores institucionais.

Nos últimos anos, o Brasil tem se consolidado como um mercado promissor para as moedas digitais. Esse crescimento é impulsionado pela digitalização acelerada, popularização dos smartphones, expansão das fintechs e uma maior familiaridade do público com novas tecnologias financeiras. Além disso, um cenário econômico instável, com inflação alta e incertezas cambiais, levou muitos brasileiros a buscarem no Bitcoin, Ethereum e stablecoins uma alternativa para proteger seus recursos. Isso mostra uma busca por ativos menos suscetíveis à desvalorização do real e que facilitam o acesso a mercados internacionais.

Essa mudança é crescentemente visível em todo o país. Hoje, plataformas reguladas e a integração com bancos tradicionais permitem que um número maior de pessoas, não apenas investidores mais experientes, utilize moedas digitais. Muitas pessoas estão usando criptomoedas para remessas internacionais, transferências rápidas e até para compras do dia a dia.

## Brasil ganha força na criptoeconomia mundial

O relatório destacou o crescimento da América Latina, que viu um aumento de 63% nas transações on-chain, ficando atrás apenas da Ásia, com 69%. Neste cenário, o Brasil se destaca como o maior mercado da região e um exemplo para outros países latinos.

As criptomoedas surgem como uma solução diante de dificuldades como alto custo de transferências e acesso restrito ao sistema bancário. O Brasil, nesse sentido, se torna um laboratório de inovação financeira, testando novos modelos de serviços digitais. Especialistas notam que as stablecoins têm ganhado relevância por aqui. Moedas pareadas ao dólar, como o USDT e o USDC, são buscadas pois oferecem proteção em relação à volatilidade cambial e liquidez imediata. Isso atrai tanto quem quer guardar valor como empresas que desejam pagar de forma eficiente no exterior.

### Peso da atividade institucional

Um aspecto novo no relatório foi a inclusão da atividade institucional, que mede as movimentações de grandes investidores, fundos e bancos que operam com valores a partir de US$ 1 milhão. Essa mudança teve um impacto significativo no resultado brasileiro. Nos últimos anos, várias empresas locais começaram a oferecer fundos de criptoativos e serviços de custódia, além de competir com grandes nomes internacionais.

Esse cenário mostra que o Brasil não é apenas um mercado focado em pequenos investidores. Há uma sólida base de instituições que trazem legitimidade ao setor, possibilitando a atração de capital estrangeiro e aumentando a segurança para quem quer investir em cripto.

### Estabilidade regulatória como fator-chave

A busca por maior clareza regulatória também contribui para a boa classificação do Brasil. Nos últimos anos, o país aprovou leis que estabelecem diretrizes para prestadores de serviços de ativos virtuais. Embora as regras do Banco Central ainda estejam definindo a estrutura, isso ajudou a atrair empresas internacionais e possibilitou um crescimento mais seguro para o mercado local.

A regulamentação brasileira está ganhando destaque como um modelo a ser seguido por outras nações em desenvolvimento. A supervisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e do Banco Central é vista como positiva, ajudando a minimizar riscos e criando espaço para parcerias entre bancos, fintechs e plataformas globais.

O que também impressiona é que a adoção das criptomoedas no Brasil não é restrita às classes altas. Cada vez mais pessoas de diferentes camadas sociais, incluindo as de renda média e baixa, estão acessando esse universo, especialmente por meio de aplicativos móveis e exchanges locais. As criptomoedas favorecem o envio de dinheiro sem intermediários, diminuem os custos de transferências internacionais e oferecem serviços financeiros onde bancos tradicionais não têm presença. Isso atrai desde jovens até trabalhadores que recebem por plataformas digitais.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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